Economia
Indústria química apoia plano soberano do brasil e pede novas negociações
A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) expressou seu apoio ao Plano Brasil Soberano, anunciado recentemente pelo governo federal. A indústria química do país exporta aproximadamente US$ 2,5 bilhões por ano em insumos para os Estados Unidos.
Recentemente, o governo dos Estados Unidos, sob a administração do presidente Donald Trump, impôs uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, acumulando 50% no total desde abril.
Segundo a Abiquim, o Plano Brasil Soberano vai além do suporte financeiro, incluindo também ajustes tributários, prorrogação de prazos e medidas para proteger empregos.
O plano aborda demandas históricas do setor químico e de seus principais clientes — indústrias que transformam insumos químicos em produtos com maior valor agregado destinados ao mercado americano, como plásticos, calçados, alimentos, vestuário, cosméticos e produtos de higiene pessoal.
A Abiquim ressaltou que, dentre os 700 produtos inicialmente afetados pelas tarifas, cinco foram excluídos, o que representa cerca de US$ 1 bilhão em exportações.
A entidade também indicou que outros produtos químicos podem ser retirados dessa tarifação, o que poderia significar cerca de US$ 500 milhões em vendas adicionais. No entanto, isso depende de avanços rápidos nas negociações diretas entre Brasil e Estados Unidos.
Caso as tarifas permaneçam, será necessário buscar novos mercados para reduzir os prejuízos do setor.
Embora o setor empregue mão de obra altamente qualificada e os impactos no emprego possam surgir mais lentamente, o cenário requer acompanhamento contínuo. A Abiquim destaca a importância de monitorar a situação para avaliar se o pacote de medidas é suficiente ou se será necessária uma segunda fase.

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