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Inflação na Grande SP vai a 0,93% e tem maior taxa para maio desde 1996

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Fim de concessão de bônus por redução de consumo impactou, diz IBGE. Inflação oficial do país voltou a ganhar força e ficou em 0,78% no mês.

De acordo com Eulina Nunes, coordenadora de índice de preços do IBGE, a inflação de São Paulo foi impacta principalmente pela taxa de água e esgoto, do grupo habitação, que chegou atingiu 41,90% na região, após o fim do Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água, no dia 30 de março.

Além do fim da concessão de bônus por redução e de ônus por aumento do consumo de água, que vinha sendo praticado pelo programa, no dia 12 de maio houve ainda um reajuste de 8,40% sobre o valor das tarifas, o que também influenciou a taxa, segundo a coordenadora.

“O fato dela ter sido a maior desde 1996 é justamente em função do programa de incentivo à redução do consumo e que é um ponto solto na história, na série histórica da região de São Paulo nesses últimos tempos. Foi causado por um problema hídrico que fez com que o programa fosse adotado, e findo o problema, se voltou à normalidade. Teve o reajuste, mas especificamente no resultado de maio, preponderou foi o fim do programa”, afirmou.

Inflação do país
A taxa de água e esgoto também foi o principal impacto da inflação oficial do país, que voltou a acelerar e atingiu 0,78% em maio, depois de subir 0,61% no mês anterior, segundo o IBGE. Considerando apenas o mês de maio, esse índice é o maior desde 2008, quando ficou em 0,79%.

No ano, de janeiro a maio, o IPCA acumula avanço de 4,05%, acima dos 3,25% registrados até abril e, em 12 meses, de 9,32%, acima dos 9,28% verificados no mês anterior. Em maio de 2015, o índice havia ficado em 0,74%.

“Essa pressão [da taxa de água e esgoto sobre a inflação do mês] é uma pressão pontual sim. Foi um fato que aconteceu em São Paulo que fez com que a taxa de água e esgoto se elevasse dessa forma. A gente não consegue [no entanto] isolar o efeito de São Paulo [sobre a taxa da inflação do país]. O que a gente pode dizer é que foi um momento forte em função de uma característica. Se não acontecesse [esse aumento, porém] seria menor a taxa do mês”, ponderou Eulina.

Previsões
A previsão dos economistas do mercado financeiro é que o IPCA feche o ano de 2016 em 7,12%, segundo o boletim Focus. O Banco Central tem informado que buscará trazer a taxa para até 6,5%, que é o teto da meta do governo para a inflação.

 

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