Economia
Inflação prevista cai para 4,7% segundo mercado financeiro

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — que é a inflação oficial do Brasil — foi ajustada de 4,72% para 4,70% neste ano, segundo o boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (20).
Para 2026, a estimativa da inflação também foi levemente reduzida, de 4,28% para 4,27%. Já para os anos de 2027 e 2028, a previsão é de 3,83% e 3,6%, respectivamente.
Vale destacar que a expectativa para 2024 está acima do teto da meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, o limite superior da meta é 4,5%.
No mês de setembro, após uma queda registrada em agosto, o IPCA subiu 0,48%, influenciado pelo aumento da conta de luz. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 5,17%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Taxa básica de juros
Para controlar a inflação e manter a meta, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A manutenção dessa taxa alta deve-se, segundo a ata do Copom, a preocupações com o cenário econômico global e sinais de crescimento interno mais moderado.
A expectativa é que a taxa Selic permaneça nesses níveis por um período prolongado, garantindo o alcance da meta de inflação.
Analistas preveem que a Selic se mantenha em 15% ao ano até o final de 2025, recuando para 12,25% ao ano em 2026 e diminuindo ainda mais para 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
Quando o Copom eleva a taxa de juros, o objetivo é frear a demanda aquecida, o que influi nos preços, pois os juros mais altos tornam o crédito mais caro e incentivam a poupança. Além da taxa Selic, os bancos levam em conta outras variáveis ao definir os juros cobrados ao consumidor, como risco de inadimplência e custos administrativos.
Economia e câmbio
O boletim Focus também ajustou para cima a previsão de crescimento da economia brasileira neste ano, de 2,16% para 2,17%. Para 2026, a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 1,8%, com expectativa de expansão de 1,82% e 2% para 2027 e 2028, respectivamente.
No segundo trimestre de 2024, a economia brasileira cresceu 0,4%, influenciada pelo desempenho positivo dos setores de serviços e indústria. Em 2024, o PIB aumentou 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento e a maior alta desde 2021, quando o crescimento foi de 4,8%.
Quanto à cotação do dólar, a previsão para o fechamento deste ano é de R$ 5,45, com uma estimativa de ligeiro aumento para R$ 5,50 no final de 2026.

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