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Inflação projetada para 12 meses mantém 4,06%
A mediana das previsões do relatório Focus para a inflação ajustada nos próximos 12 meses permanece em 4,06%, queda em relação a 4,21% registrada um mês antes. Essa medida tem ganhado destaque nas análises do mercado desde que a regra de meta contínua para a inflação passou a vigorar neste ano.
O novo alvo da inflação foi ultrapassado pela primeira vez em 10 de julho, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o IPCA acumulado em 12 meses até junho atingiu 5,35% — acima do limite máximo da meta, que é 4,50%, pelo sexto mês consecutivo.
No mesmo dia, o Banco Central publicou uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informando que espera que a inflação acumulada em 12 meses volte a ficar abaixo do teto da meta até o final do primeiro trimestre de 2026.
Em recente entrevista, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, ressaltou que a previsão da autarquia para trazer a inflação de volta ao centro da meta acompanha o horizonte relevante da política monetária, atualmente situado no primeiro trimestre de 2027.
“O objetivo é alcançar a inflação no horizonte relevante, e a cada momento estamos conduzindo a política monetária para atingir essa meta”, afirmou.
O regime atual estabelece que o cumprimento da meta será avaliado com base na inflação acumulada em 12 meses. Caso a taxa permaneça acima ou abaixo da margem de tolerância por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central falhou em alcançar o objetivo. A meta é de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O ministro da Fazenda pode sugerir mudanças ao Conselho Monetário Nacional (CMN), mas qualquer alteração só poderá entrar em vigor após 36 meses.
A projeção suavizada da inflação para os próximos 12 meses é calculada a partir das previsões das instituições para a inflação total nesse período. A cada nova divulgação do IPCA, a projeção para o mês mais antigo é atualizada com o dado mais recente. Para evitar variações bruscas nas expectativas ocasionadas pela diferença entre o valor projetado e o valor realizado, o Banco Central distribui gradualmente essa diferença ao longo do intervalo entre as divulgações. Esse processo resulta na chamada inflação suavizada.

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