Economia
INPC sobe 5,05% em 12 meses para reajuste de salários

Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou uma variação negativa de -0,21%, indicando a primeira queda média dos preços desde agosto de 2024, que teve um índice de -0,14%.
Este foi o sexto mês consecutivo em que o INPC registrou uma desaceleração. Em fevereiro, o índice chegou a 1,48%, e em julho, a variação foi de apenas 0,21%.
Os dados foram liberados em 10 de setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado dos últimos 12 meses, o INPC atingiu 5,05%, ligeiramente inferior aos 5,13% registrados até julho.
Uso do INPC para reajustes
O INPC é amplamente utilizado para reajustar salários em diversos segmentos. Por exemplo, o salário mínimo é ajustado anualmente considerando o INPC acumulado até novembro. Além disso, o seguro-desemprego, benefícios e o teto do INSS são reajustados segundo o resultado de dezembro.
Queda nos preços da habitação e alimentos
Em agosto, o grupo de habitação contribuiu mais significativamente para a queda da inflação, com uma redução de -1,04%, que corresponde a um impacto de -0,18 ponto percentual no índice. Essa queda foi impulsionada principalmente pela redução de 4,32% na conta de energia elétrica, devido ao Bônus Itaipu, que compensou o adicional da bandeira tarifária vermelha 2.
O segundo maior impacto negativo veio da diminuição nos preços dos alimentos, que caíram em média 0,54%, representando uma redução de 0,13 ponto percentual, marcando a terceira deflação consecutiva nesse segmento.
Características do INPC
O INPC mede a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos, diferentemente do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que avalia a inflação para famílias com renda de um a 40 salários mínimos. Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.518.
Em paralelo, o IBGE também informou que o IPCA teve variação de -0,11% em agosto.
O instituto atribui diferentes pesos aos grupos de produtos. No INPC, os alimentos têm um peso maior, cerca de 25% do índice, refletindo o maior gasto relativo das famílias de menor renda com alimentação, contra 21,86% no IPCA. Por outro lado, itens como passagem aérea possuem menor peso no INPC.
Segundo o IBGE, o INPC tem como objetivo ajustar o poder de compra dos salários, mensurando as mudanças nos preços do consumo das famílias assalariadas com menores rendimentos.
A coleta de preços é realizada em 10 regiões metropolitanas: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além das capitais Brasília (DF), Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Rio Branco (AC), São Luís (MA) e Aracaju (SE).

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