Internação sem água quente no Hospital de Base do Distrito Federal

A filha de uma paciente que está internada há mais de três meses no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) relata que a mãe tem tomado banho frio nas últimas três semanas devido à falta de água quente na enfermaria de cardiologia, localizada no quarto andar da unidade. Segundo ela, a situação é preocupante porque a mulher, de 56 anos, está se recuperando de um derrame pleural — uma condição que afeta os pulmões — e está suscetível a desenvolver pneumonia facilmente.

“É muito complicado, pois ela teve um derrame pleural e qualquer problema pode desencadear uma pneumonia. Já são quase três semanas sem água quente”, contou a filha, que preferiu permanecer anônima.

O problema afeta os pacientes do setor de internação do maior hospital público da capital. O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF), responsável pela administração do hospital, informou que desligou a rede de água quente ao identificar vazamentos que comprometiam a estrutura do prédio e os quadros elétricos próximos às tubulações.

Segundo o IgesDF, a decisão foi tomada como medida preventiva para garantir a segurança de pacientes e funcionários. A substituição total das tubulações danificadas está em progresso, e a conclusão dos reparos está prevista para o dia 4 de novembro.

A filha da paciente comentou que tentou registrar uma reclamação na ouvidoria do hospital, mas foi informada de que uma empresa terceirizada foi contratada para realizar a manutenção nas caldeiras, que são antigas e têm dificuldades para manutenção.

“Na segunda-feira, voltei à ouvidoria e fui informada de que o serviço não tem previsão de retorno nos próximos 15 dias”, relatou.

O IgesDF afirmou que a ausência de água quente atinge somente o setor de internação e não prejudica outros departamentos do hospital. De acordo com o órgão, as equipes de atendimento estão adotando alternativas para proporcionar conforto aos pacientes durante o período de reparos.

“Estão sendo tomadas todas as providências para que os trabalhos sejam concluídos o mais rápido possível, minimizando o impacto para pacientes e equipes de atendimento”, ressaltou o instituto em comunicado.