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Investigação da CPMI do INSS revela o papel dos suspeitos de prisão no esquema

Ex-dirigentes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), supostos operadores de propina e empresários constam na lista dos pedidos de prisão aprovados na noite de segunda-feira (1º/9) pela Comissão Parlamentar Mista (CPMI) que apura um esquema bilionário de fraudes contra aposentados por meio de descontos indevidos. Esta fraude, conhecida como a Farra do INSS, foi inicialmente revelada pelo Metrópoles.
Deputados e senadores da CPMI do INSS aprovaram, ao todo, 21 pedidos de prisão, que serão enviados ao ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF). Cabe ao relator dos casos de fraudes decidir se autoriza as prisões.
Principais envolvidos nos pedidos de prisão
Entre os principais alvos estão figuras centrais do esquema, como o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o Careca do INSS, que teria recebido repasses milionários de entidades suspeitas e é acusado de facilitar pagamentos de propina a ex-diretores do instituto e ao ex-procurador-geral do INSS.
Outro alvo é o empresário Maurício Camisotti, que controlava três entidades que lucraram mais de R$ 1 bilhão com os descontos fraudulentos.
Núcleo de dirigentes do INSS
- André Fidelis: ex-diretor de Benefícios do INSS, assinar acordos suspeitos e possivelmente recebeu propina das entidades investigadas. Foi exonerado em julho de 2024 após reportagens exporem a Farra do INSS.
- Eric Douglas Martins Fidelis: filho do ex-diretor, advogado especialista em Direito Previdenciário, teria recebido pagamentos milionários ligados ao esquema e efetuado repasses ao próprio pai.
- Cecilia Rodrigues Mota: advogada que presidiu duas entidades, suspeita de movimentar grandes quantias e pagar propina a ex-dirigentes do INSS.
- Virgílio de Oliveira Filho: ex-procurador-geral do INSS, sob suspeita de receber propina de associações e do lobista Careca do INSS.
- Thaisa Hoffmann Jonasson: esposa de Virgílio, acusada de intermediar propinas e receber repasses milionários do Careca do INSS.
- Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira: irmã de Virgílio, recebeu valores significativos simultaneamente a repasses feitos por Cecília Mota ao filho do ex-diretor do INSS.
- Alexandre Guimaraes: ex-diretor de Governança, Planejamento e Inovação do INSS, teria recebido pagamentos do Careca do INSS.
- Alessandro Stefanutto: ex-presidente do INSS, afastado por decisão judicial envolvendo a Operação Sem Desconto da Polícia Federal.
- Geovani Batista Spiecker: ex-servidor suspeito de inserir dados fraudulentos no sistema do INSS.
- Reinaldo Carlos Barroso de Almeida: outro servidor suspeito de favorecer as entidades na liberação dos descontos fraudulentos.
- Vanderlei Barbosa Dos Santos: ex-diretor de Benefícios afastado, suspeito de conivência com o esquema.
- Jucimar Fonseca Da Silva: ex-coordenador da Diretoria de Benefícios do INSS.
Núcleo do Careca do INSS
- Antonio Carlos Camilo Antunes: lobista Careca do INSS, representava associações junto ao INSS, movimentou quantias via suas empresas, recebendo cerca de 27,5% de cada desconto fraudulento conseguido.
- Rubens Oliveira Costa: ex-sócio do Careca, identificado em movimentações suspeitas em espécie.
- Romeu Carvalho Antunes: filho do Careca, sócio nas empresas e proprietário de carros luxuosos.
- Domingos Savio De Castro: sócio em call centers ligados ao Careca.
- Milton Salvador De Almeida Junior: sócio do Careca do INSS.
Núcleo empresarial
- Maurício Camisotti: empresário suspeito de comandar, através de laranjas, três associações envolvidas no esquema; seus negócios faturaram mais de R$ 1 bilhão desde 2021.
- Marcio Alaor de Araujo: ex-dirigente do Banco BMG, que tem sido condenado por descontos indevidos em consignados; identificou-se pagamento das associações a correspondentes bancários vinculados ao banco.
Outros investigados
- Adelinon Rodrigues Junior: apontado como operador do esquema, realizou pagamentos para a esposa de Virgílio Antonio de Oliveira.
- Philipe Roters Coutinho: agente da Polícia Federal que teve US$ 199 mil apreendidos em casa; a polícia apontou possíveis ligações com empresários do grupo e o acompanhou em aeroportos.

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