Ipespe: opinião dividida sobre medidas do STF contra Bolsonaro

A pesquisa Pulso Brasil divulgada recentemente pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) indica que as medidas cautelares aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a Jair Bolsonaro são vistas como inadequadas por 30% dos brasileiros, enquanto 29% acham que são apropriadas.

Além disso, 25% dos entrevistados consideram as restrições impostas pelo STF ao ex-presidente, que incluem o uso de tornozeleira eletrônica, toque de recolher e limitações na comunicação, como moderadas. Por outro lado, 13% julgam essas medidas como excessivas. Os 3% restantes não souberam ou preferiram não responder.

O levantamento ouviu 2.500 pessoas entre 19 e 22 de julho, com margem de erro de 2 pontos percentuais e intervalo de confiança de 95,45%.

As medidas cautelares foram determinadas na sexta-feira, 18, pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que apontou risco de fuga do ex-presidente ou tentativa de atrapalhar o andamento do processo que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

O STF ressaltou que o ex-presidente e seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos, estariam tentando interferir no processo.

Além do uso da tornozeleira eletrônica, Bolsonaro deve permanecer em casa das 19h até as 6h nos dias úteis e durante todo o final de semana. Ele também está proibido de acessar ou divulgar conteúdos em suas redes sociais ou perfis de terceiros.

Adicionalmente, Bolsonaro não poderá se comunicar com diplomatas, embaixadores estrangeiros ou outros investigados pelo STF, incluindo seu filho Eduardo Bolsonaro. Ambos são alvo da investigação por supostamente buscarem sanções internacionais contra autoridades brasileiras para prejudicar o processo no qual o ex-presidente é réu por tentativa de golpe de Estado.

O ministro Alexandre de Moraes alertou sobre o risco de prisão devido ao possível descumprimento das medidas estabelecidas.