Irã critica ativação de sanções europeias no acordo nuclear

O Ministério das Relações Exteriores do Irã declarou na segunda-feira, 1, sua desaprovação à decisão de países europeus de ativar o mecanismo de sanções conhecido como ‘snapback’, previsto no acordo nuclear (JCPOA). Segundo o ministro da pasta, Seyed Abbas Araghchi, essa ação “não possui fundamento legal e representa, politicamente, um ato prejudicial”.

O documento, criado em colaboração com os ministros das Relações Exteriores da China e da Rússia durante uma reunião em Tianjin, China, afirma que foram os Estados Unidos que primeiro violaram o JCPOA. Posteriormente, a Europa, ao invés de cumprir seus compromissos, escolheu apoiar sanções consideradas ilegítimas.

O Ministério enfatiza que direitos e deveres são inseparáveis, e que os países que falham em cumprir suas obrigações não devem se beneficiar de um acordo que eles próprios enfraqueceram. Para o Irã, não estão apenas em jogo seus direitos com a reativação do snapback, mas também a integridade e a confiabilidade dos acordos internacionais.

Seyed Abbas Araghchi ainda qualificou como uma ‘traição’ a iniciativa europeia apresentada ao Conselho de Segurança da ONU, ressaltando que o conselho está sendo transformado de uma instituição que zela pela estabilidade global em um instrumento de pressão e coação.