Irã pode ter sanções restabelecidas pelo programa nuclear

França, Reino Unido e Alemanha ameaçam ativar o chamado “mecanismo de snapback”, que reaplica automaticamente todas as sanções da ONU contra o Irã devido às atividades relacionadas ao seu programa nuclear. Esses países afirmam que o Irã se afastou intencionalmente do acordo nuclear de 2015 que havia suspendido essas sanções.

As nações europeias, chamadas de E3, propuseram ao Irã um atraso na ativação do snapback durante negociações em julho, condicionando-o a três requisitos: retomar o diálogo com os Estados Unidos sobre o programa nuclear, permitir a inspeção dos locais nucleares pelo órgão internacional e explicar a posse de mais de 400 quilos de urânio altamente enriquecido, segundo a agência de fiscalização da ONU.

Teerã, que atualmente eleva os níveis de enriquecimento de urânio próximos aos usados em armamentos, rejeitou essa proposta.

Os países europeus concordaram com os EUA que o snapback deve ser acionado até o fim de agosto caso não haja um novo acordo com o Irã. Os EUA, por sua vez, não podem ativar o mecanismo por terem se retirado do acordo em 2018 sob o governo do presidente Donald Trump.

A decisão final precisa ser tomada antes de 18 de outubro, data em que o período para reativação automática das sanções expira e a China e a Rússia poderão vetar a proposta. Os europeus também consideram que seria estratégico ativar o mecanismo durante a presidência da Coreia do Sul no Conselho de Segurança em setembro, antes da Rússia assumir em outubro.

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