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Irã propõe acordo justo para seu programa nuclear e tenta evitar novas sanções

O ministro iraniano das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, anunciou nesta sexta-feira (19) que apresentou uma proposta considerada justa e equilibrada relacionada ao programa nuclear do Irã às potências europeias. O objetivo é impedir que as sanções da ONU sejam novamente aplicadas contra a República Islâmica.
De acordo com Araqchi, o Irã fez uma oferta inovadora, justa e balanceada que atende a preocupações legítimas e oferece benefícios mútuos. A proposta foi entregue na quinta-feira às nações do Reino Unido, França e Alemanha, conhecidas como E3, além da União Europeia (UE).
Ele ressaltou que a implementação da proposta pode ser rápida e ajudar a unir as posições divergentes, evitando uma crise. Araqchi também enfatizou que o Irã não pode ser o único responsável pela resolução do caso.
Este anúncio surge no momento em que se espera que o Conselho de Segurança da ONU vote favoravelmente para restabelecer sanções contra Teerã.
Fontes diplomáticas indicam que o Irã não possui os votos necessários para impedir a retomada das sanções prevendo para o final do mês.
As potências E3 são signatárias do acordo nuclear internacional de 2015, o JCPOA, que controla as atividades nucleares iranianas em troca da eliminação das sanções contra o país.
Este acordo buscava evitar que o Irã desenvolvesse armas nucleares. No entanto, há muito tempo, as potências ocidentais e Israel suspeitam que a República Islâmica tem a intenção de produzir esse tipo de armamento, embora o país sempre negue.
Desde que os Estados Unidos, sob o governo de Donald Trump, se retiraram unilateralmente do acordo em 2018, o pacto está suspenso, assim como as sanções foram novamente estabelecidas.
O Irã parou de cumprir algumas obrigações, especialmente no que se refere ao enriquecimento de urânio e ao acesso de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) às suas instalações.

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