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Israel ameaça destruir Gaza se Hamas não aceitar desarmar e liberar reféns

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Israel Katz, o ministro da Defesa de Israel, declarou nesta sexta-feira (22) que destruirá a Cidade de Gaza caso o Hamas não aceite desarmar, libertar todos os reféns mantidos na região palestina e colocar fim ao conflito conforme as exigências de Israel.

Nas redes sociais, o ministro afirmou: “Em breve, os portões do inferno se abrirão sobre as cabeças dos assassinos e estupradores do Hamas em Gaza, até que aceitem as condições de Israel para acabar com a guerra, especialmente a libertação de todos os reféns e seu desarmamento”.

Ele ainda alertou que, se não houver acordo, Gaza, a sede do Hamas, será destruída como as cidades Rafah e Beit Hanoun, que foram severamente danificadas em operações israelenses anteriores.

Na quinta-feira à noite, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu informou que iniciou negociações imediatas para a libertação de todos os reféns restantes em Gaza.

Netanyahu ressaltou que a pressão para a libertação dos reféns estará acompanhada de uma ofensiva para conquistar a Cidade de Gaza e acabar com o Hamas.

O Ministério da Defesa israelense anunciou no início da semana a convocação de 60.000 reservistas a fim de intensificar a operação para tomar a Cidade de Gaza.

Netanyahu destacou que os objetivos de derrotar o Hamas e resgatar todos os reféns são interligados, embora não tenha revelado detalhes dos próximos passos do diálogo.

Enquanto isso, a agência humanitária da ONU advertiu que a ampliação das operações militares na maior área urbana de Gaza trará graves consequências humanitárias para uma população já exaurida.

Os mediadores internacionais — como Egito, Catar e Estados Unidos — aguardam uma resposta oficial de Israel sobre uma recente proposta de cessar-fogo, que foi aceita pelo Hamas no início da semana.

Fontes palestinas mencionam que o novo acordo sugeriria uma libertação gradual dos reféns, ao passo que Israel exige a liberação simultânea de todos os sequestrados.

Os planos israelenses para aumentar os combates na Cidade de Gaza motivaram críticas no cenário internacional e oposição dentro do país.

O conflito teve início após o ataque do grupo Hamas em outubro de 2023, evento que resultou na morte de 1.219 pessoas, majoritariamente civis, conforme levantamento da AFP baseado em dados oficiais.

Dos 251 reféns capturados na ofensiva, 49 ainda permanecem em Gaza, com 27 deles já falecidos, segundo o Exército de Israel.

As ações retaliatórias israelenses na faixa de Gaza resultaram na morte de 62.192 palestinos, em sua maioria civis, dados do Ministério da Saúde de Gaza, que são considerados confiáveis pela ONU.

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