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Israel ameaça retomar combate se Hamas não devolver restos mortais de reféns

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Israel Katz, ministro da Defesa de Israel, afirmou na noite desta quarta-feira (15) que o país pode retomar as operações militares na Faixa de Gaza caso o Hamas não cumpra o acordo de cessar-fogo, principalmente no que diz respeito à entrega de todos os restos mortais dos reféns.

O anúncio acontece após o grupo palestino ter declarado que entregou a Israel os corpos dos reféns aos quais tiveram acesso, incluindo dois corpos transferidos na quarta-feira, conforme o acordo estabelecido.

Katz considerou a entrega parcial uma violação do acordo, que exige que o Hamas entregue todos os restos mortais em sua posse.

O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou a recepção, por meio da Cruz Vermelha, de dois caixões contendo os restos de reféns, que estão sendo encaminhados ao Instituto Nacional de Medicina Forense para identificação.

Desde segunda-feira, sob mediação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Hamas entregou 20 reféns vivos em troca da libertação de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos.

Antes da entrega dos corpos na quarta-feira, o Hamas havia devolvido os restos de sete dos 28 reféns falecidos conhecidos, além de um corpo que Israel afirma não pertencer a nenhum refém.

As Brigadas Ezedin al Qasam, braço armado do Hamas, anunciaram que transferiram todos os corpos acessíveis e ressaltaram a necessidade de equipamento especializado para recuperar os restantes nos escombros de Gaza.

Israel, por sua vez, entregou 45 corpos de palestinos ao Hospital Nasser, em Gaza, totalizando 90 cadáveres devolvidos, conforme o Ministério da Saúde local.

Em Washington, autoridades americanas afirmaram que o Hamas pretende cumprir o acordo sobre a devolução dos corpos dos reféns.

Ajuda humanitária e desdobramentos do cessar-fogo

A passagem de Rafah, na fronteira entre Gaza e Egito, permaneceu fechada apesar da previsão de reabertura para permitir a entrada de ajuda humanitária em larga escala, conforme o acordo de cessar-fogo.

Tom Fletcher, chefe das operações humanitárias da ONU, expressou frustração pela demora na chegada dos suprimentos essenciais, que são vitais para a população palestina devastada pelo conflito.

A guerra em Gaza, iniciada após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, resultou numa grave crise humanitária agravada pelo bloqueio imposto por Israel.

Enquanto o plano de 20 pontos do presidente americano Donald Trump contempla a retomada da ajuda e o desarmamento do Hamas, o grupo islamita rejeita essa última condição, mantendo seu controle sobre o território desde 2007, inclusive com ações repressivas internas.

Confrontos recentes entre facções no território e operações policiais do Hamas indicam instabilidade persistente.

Sobre o desarmamento, o presidente Donald Trump destacou: “Caso eles não se entreguem voluntariamente, nós tomaremos as medidas necessárias para desarmá-los.”

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