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Israel anuncia novo assentamento na Cisjordânia que pode dividir região

Bezalel Smotrich, ministro das Finanças de Israel conhecido por suas posições de extrema-direita, declarou nesta quinta-feira (14) que um novo e controverso projeto de assentamento na Cisjordânia ocupada será implementado. Críticos, incluindo palestinos e organizações de direitos humanos, alertam que a construção pode comprometer a viabilidade de um futuro Estado palestino ao dividir o território em duas partes.
O projeto deve receber aprovação final ainda este mês e, segundo Smotrich, pode frustrar os planos para a criação de um Estado palestino. Enquanto isso, vários países, como Austrália, Reino Unido, França e Canadá, planejam reconhecer o Estado palestino em setembro na Assembleia Geral da ONU.
A área de construção fica a leste de Jerusalém, numa região chamada E1, que está em discussão há mais de 20 anos. A iniciativa é polêmica porque une as principais cidades da Cisjordânia, Ramallah e Belém. Atualmente, essas cidades estão separadas por 22 quilômetros em linha reta, mas com a finalização do assentamento, o trajeto direto entre elas será interrompido.
Palestinos que desejarem viajar entre Ramallah e Belém precisarão desviar muitos quilômetros para contornar a região, passando por diversos postos de controle, o que pode aumentar significativamente o tempo da viagem.
Smotrich afirmou durante um evento: “Essa realidade acaba com a ideia de um Estado palestino, porque não há nada para reconhecer e ninguém para reconhecer. Quem hoje tentar reconhecer um Estado palestino, terá uma resposta nossa no terreno.”
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não comentou a novidade publicamente nesta quinta-feira, embora já tenha expressado seu apoio ao projeto anteriormente.

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