Israel critica decisão do Brasil sobre acusação de genocídio em Gaza

O Ministério das Relações Exteriores de Israel criticou a decisão do governo brasileiro de apoiar uma ação que acusa Israel de genocídio na Faixa de Gaza, chamando a posição do Brasil de uma “falha moral profunda”.

A pasta afirmou no X nesta quinta-feira, 25, que a escolha do Brasil de integrar a ofensiva legal contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), enquanto deixa a Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), representa uma demonstração clara dessa falha.

Segundo o comunicado, Israel vive um momento de luta pela sua existência, e que o Brasil, ao se voltar contra o Estado judeu e abandonar o consenso mundial contra o antissemitismo, age de forma imprudente e lamentável.

Na quarta-feira, 23, o governo brasileiro anunciou estar próximo de formalizar sua intervenção no processo na CIJ, iniciado pela África do Sul com base na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.

O Ministério das Relações Exteriores reforçou que essa decisão baseia-se na obrigação dos países de respeitar o Direito Internacional e o Direito Humanitário.

O Brasil entende não haver mais espaço para dúvidas morais ou omissões políticas. A impunidade ameaça o respeito às leis internacionais e enfraquece a confiança no sistema multilateral, destacou ainda o ministério, mencionando os frequentes episódios de violência contra civis palestinos, que se manifestam não apenas na Faixa de Gaza, mas também na Cisjordânia.