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Israel e Palestina têm direito de existir, afirma Lula

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu nesta segunda-feira (22) a adoção da solução de dois Estados para promover a paz no Oriente Médio: o Estado da Palestina e o Estado de Israel.

Lula participou, nos Estados Unidos, da segunda sessão da Conferência Internacional de Alto Nível para a Resolução Pacífica da Questão Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados.

Durante a conferência, Lula afirmou: “O que ocorre em Gaza não é apenas a eliminação do povo palestino, mas uma tentativa de destruir o sonho de sua nação. Tanto Israel quanto a Palestina possuem o direito de existir.”

O encontro, organizado por França e Arábia Saudita, aconteceu em Nova York e precede a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

De acordo com o governo brasileiro, a paz, a segurança e a estabilidade na região dependem da implementação de um Estado palestino independente e viável, coexistindo lado a lado com o Estado de Israel, dentro das fronteiras de 1967, incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, com Jerusalém Oriental como capital.

Lula ressaltou que a questão palestina originou-se há 78 anos, quando a Assembleia Geral da ONU aprovou o Plano de Partilha, que previa dois Estados, mas apenas o Estado de Israel foi constituído.

“O conflito entre Israel e Palestina simboliza os grandes desafios enfrentados pelo multilateralismo. Ele revela como o poder de veto prejudica a missão da ONU, que é impedir que atrocidades como as que levaram à sua criação se repitam”, comentou o presidente.

O presidente brasileiro também mencionou o apoio do Brasil à criação de um órgão similar ao Comitê Especial contra o Apartheid, que teve papel fundamental no fim do regime de segregação racial na África do Sul. “Garantir o direito da Palestina à autodeterminação é um ato justo e um passo crucial para fortalecer o multilateralismo e recuperar nosso senso coletivo de humanidade”, declarou.

Lula destacou ainda que o Brasil condena veementemente as ações do Hamas, mas frisou que o direito à defesa não justifica a matança indiscriminada de civis.

“Nada pode justificar a morte ou mutilação de mais de 50 mil crianças, a destruição de 90% das casas palestinas, o uso da fome como arma de guerra, ou atacar pessoas famintas que buscam ajuda,” disse ele.

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