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Israel enfrenta críticas após decisão de ocupar Gaza

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Chefes da oposição em Israel, familiares dos reféns e nações aliadas expressaram fortes críticas à decisão do governo israelense de assumir o controle da Cidade de Gaza.

O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu conseguiu o aval do gabinete de segurança para ocupar parcialmente a Cidade de Gaza, apesar dos alertas do exército sobre os riscos para os reféns e a situação humanitária.

No entanto, o governo deixou claro que o objetivo é derrotar o Hamas, sem excluir futuras operações além da Cidade de Gaza.

Internacionalmente, a decisão foi mal recebida. A Alemanha suspendeu a exportação de equipamentos militares para Israel. O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, qualificou a decisão como um erro que não resolverá o conflito e só trará mais violência.

O alto comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Türk, pediu a imediata interrupção do plano, enquanto o presidente do Conselho da União Europeia, António Costa, alertou para as consequências diplomáticas para as relações UE-Israel.

Na União Europeia, Teresa Ribera, vice-presidente da Comissão Europeia, afirmou que o conflito na Faixa de Gaza tem características de genocídio, numa acusação grave que destaca o isolamento israelense.

A Eslovênia, em sinal simbólico, proibiu a importação de produtos originários dos assentamentos judaicos na Cisjordânia, considerando as ações israelenses violações graves do direito humanitário internacional.

Internamente, líderes da oposição como Yair Lapid e Yair Golan criticaram o plano como desastroso e fora da orientação militar. Outros ex-ministros e generais da reserva também reprovaram a decisão tomada sem consenso do comando militar.

A maior associação de parentes de reféns alertou que a ocupação representa uma sentença de morte para os capturados em Gaza, acusando o governo de os abandonar ao destino fatal.

Até membros radicais da coalizão do governo discordaram da medida, considerando que ocupar apenas a Cidade de Gaza não é suficiente, com o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, classificando o plano de imoral e antiético.

As informações foram apuradas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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