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Israel: Judeus ultraortodoxos vão às ruas contra alistamento militar obrigatório

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Manifestantes atacaram o carro do ministro do da Habitação e Construção israelense

Os protestos em Jerusalém contra o recrutamento de judeus ultraortodoxos para o exército israelense tornaram-se violentos no domingo (30), com manifestantes atacando agentes da lei e o carro de um ministro, segundo a polícia local.

Os manifestantes atiraram pedras contra policiais e contra o carro do ministro Yitzhak Goldknopf quando ele voltava para sua casa, segundo um porta-voz da polícia israelense. Os manifestantes também incendiaram latas de lixo e a estrada, bloqueando a rodovia.

O porta-voz de Goldknopf confirmou à CNN que a polícia o retirou com segurança da área alguns minutos após o ataque e que ele não ficou ferido.

Goldknopf é o ministro da Habitação e Construção e chefe do partido Judaísmo da Torá Unida.

Vídeos nas redes sociais mostraram manifestantes cercando o carro do ministro com algumas batidas nas janelas. Outros vídeos mostraram crianças e adolescentes manifestantes caminhando perto de lixeiras.

Judeus ultraortodoxos têm protestado nas ruas de Jerusalém desde que a Suprema Corte de Israel emitiu uma decisão na terça-feira ordenando que o governo convocasse judeus ultraortodoxos para o serviço militar.

Desde a fundação de Israel, os judeus ultraortodoxos estão isentos do serviço militar obrigatório. O tribunal também afirmou que o governo já não pode financiar quaisquer escolas religiosas – chamadas “yeshivas” – cujos alunos não participem no projeto.

Embora tanto homens como mulheres estejam sujeitos ao recrutamento obrigatório de Israel, a decisão só se aplica a homens ultraortodoxos.

A polícia disse que teve que usar a força para dispersar os manifestantes depois que as ordens para que eles saíssem foram ignoradas.

Cinco pessoas foram presas, duas delas por agredirem policiais e outras três por atirarem pedras ou outros objetos, informou a polícia em comunicado.

Alguns policiais permanecem na área para direcionar o tráfego e evitar mais distúrbios, disse a polícia.

“A polícia leva a sério as tentativas desses violentos infratores de ferir os policiais israelenses com pedras, paus, ovos e outras coisas. Não há ligação entre um protesto legal e uma conduta criminosa e violenta deste tipo – que pode levar a lesões corporais e materiais”, afirmou a polícia num comunicado.

“A conduta daqueles que perturbam a ordem e infringem a lei na região merece toda a censura. A Polícia de Israel continuará a agir contra esses desordeiros violentos para manter a ordem pública e a lei”, acrescentou.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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