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Israel mata porta-voz do Hamas e promete atacar mais líderes

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Israel comunicou neste domingo (31) que eliminou o porta-voz do braço armado do grupo islâmico Hamas na Faixa de Gaza, declarando que continuará buscando os líderes do grupo, inclusive fora do território, enquanto seu Exército mantém a ofensiva em uma área gravemente afetada pela guerra.

A vítima do mais recente ataque israelense direcionado à liderança do Hamas foi Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Ezedin Al Qasam, que frequentemente aparecia em vídeos do grupo.

A confirmação da morte veio após anúncio inicial do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e foi posteriormente reafirmada pelo ministro da Defesa, Israel Katz, que declarou na rede social X que Obeida foi “eliminado em Gaza”.

Antes da confirmação de Netanyahu, o Hamas reconheceu a morte do suposto chefe do grupo em Gaza, Mohamed Sinwar, após mais de três meses desde que Israel declarou ter abatido o líder em um bombardeio em Khan Yunis.

Durante quase 23 meses de conflito em Gaza, a liderança do Hamas foi severamente enfraquecida por Israel, que prometeu eliminar os remanescentes líderes, inclusive no exterior, em resposta ao ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.

“Isso não é o fim. A maior parte da liderança do Hamas está fora do país, e nós também os alcançaremos”, afirmou o comandante do Estado-Maior do Exército israelense, Eyal Zamir.

Na linha de frente, fortes bombardeios israelenses causaram pelo menos 24 mortes em diferentes locais da Faixa de Gaza neste domingo, incluindo a Cidade de Gaza, a maior localidade do território palestino, conforme informou a Defesa Civil de Gaza.

Israel está preparando uma ofensiva contra esta cidade, intensificando os ataques aéreos e alertando a população para abandonar a área.

“Medo e fome”

Pela manhã, uma coluna de fumaça foi vista sobre a cidade, enquanto moradores verificavam os danos em barracas atingidas pelos bombardeios, com cobertores manchados de sangue espalhados entre os destroços.

“O terror, o medo, a destruição e o fogo tomaram todas as barracas”, relatou Ashraf Abu Amsha, um palestino refugiado na área.

“Tememos a noite e dormir em nossas tendas”, disse Iman Rajab, que vive em um campo de deslocados no bairro de Maqusi.

“Oramos para que a guerra cesse; estamos exaustos dos deslocamentos, cheios de medo e fome”, acrescentou.

No necrotério do Hospital Al Chifa, famílias lamentavam os falecidos alinhados no chão.

De acordo com a Defesa Civil, dos 24 mortos nos ataques, 15 possivelmente faleceram próximos a pontos de distribuição de ajuda.

O Exército israelense informou estar investigando, ressaltando a dificuldade em obter informações precisas sem dados exatos de horários e locais dos incidentes relatados.

Devido às restrições impostas à imprensa para acessar Gaza, a AFP não conseguiu verificar de forma independente o número divulgado pela Defesa Civil.

Segundo a ONU, muitos residentes de Gaza foram forçados a se deslocar diversas vezes por conta da guerra, enquanto os quase dois milhões de habitantes permanecem sob cerco militar israelense por mais de 22 meses.

A ONU declarou estado de fome nesta pequena e pobre região, embora Israel rejeite essa afirmação.

O ataque do Hamas a Israel em 2023 resultou em 1.219 mortes, a maioria civis, segundo levantamento baseado em dados oficiais.

Das 251 pessoas sequestradas pelo Hamas naquele dia, 47 ainda estão em cativeiro em Gaza, das quais 20 permanecem vivas e 27 possivelmente faleceram, conforme o Exército israelense.

Desde o início das represálias israelenses, mais de 63.400 pessoas morreram em Gaza, sobretudo civis, conforme dados do Ministério da Saúde local, governado pelo Hamas e considerados confiáveis pela ONU.

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