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Itamaraty chama representante da embaixada dos eua por ameaça ao judiciário

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O Ministério das Relações Exteriores (MRE) convocou Gabriel Escobar, encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos (EUA), para prestar esclarecimentos referentes às ameaças feitas pelo governo de Donald Trump contra aliados do ministro Alexandre de Moraes no Judiciário.

Flavio Celio Goldman, secretário interino da Europa e América do Norte do Itamaraty, recebeu o representante norte-americano no Brasil para expressar a insatisfação do governo brasileiro em relação ao tom e ao conteúdo das recentes publicações do Departamento de Estado e da embaixada americana nas redes sociais.

O governo brasileiro entende que as manifestações oficiais dos órgãos dos EUA configuram uma ingerência indevida em assuntos internos do Brasil e constituem ameaças inaceitáveis a autoridades nacionais.

O Departamento de Estado dos EUA, equivalente a um ministério das Relações Exteriores, tem utilizado suas redes sociais para criticar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do ministro Alexandre de Moraes relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

Recentemente, a Embaixada dos EUA no Brasil divulgou uma tradução de comentário de Darren Beattie, secretário de diplomacia pública, que advertia autoridades do Judiciário brasileiro que apoiassem Moraes. O comunicado afirmava: “Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão alertados para não apoiar nem facilitar a conduta do ministro. Estamos acompanhando a situação atentamente”, acusando-o de censura e perseguição contra Bolsonaro.

Alexandre de Moraes é considerado o principal responsável pelas ações de censura e perseguição a Bolsonaro e seus apoiadores. Suas evidentes violações dos direitos humanos levaram à imposição de sanções previstas na Lei Magnitsky, aplicadas pelo governo de Donald Trump.

No dia 30 de julho, os Estados Unidos impuseram medidas econômicas contra Alexandre de Moraes, previstas na Lei Magnitsky, como resposta ao julgamento do inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado no Brasil após as eleições de 2022, que incluía supostos planos para deter e eliminar autoridades públicas.

De acordo com denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Jair Bolsonaro teria pressionado comandantes militares para anular o resultado das eleições presidenciais de outubro de 2022, nas quais foi derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro nega todas as acusações.

O ex-presidente também está sendo investigado em um processo que apura as ações dele e de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), junto aos Estados Unidos para impor sanções contra o Brasil. Entre os motivos apresentados pelo governo norte-americano para tarifar o país está essa investigação contra o ex-presidente.

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