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Itamaraty confirma encontro entre chanceleres do Brasil e dos Estados Unidos

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Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, devem se reunir em Washington em breve para discutir a taxação adicional sobre produtos brasileiros exportados para os EUA.

O Itamaraty confirmou que os dois dialogaram por telefone na quinta-feira, dia 9.

Depois de um diálogo bastante produtivo sobre a agenda bilateral, as equipes dos dois governos irão realizar uma reunião em Washington, em data a ser definida, para seguir tratando das questões econômicas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos, conforme acordado pelos presidentes dos países.

O secretário de Estado convidou o ministro Mauro Vieira para integrar a delegação, possibilitando assim uma reunião presencial entre eles para debater os temas prioritários da relação bilateral.

Os presidentes do Brasil, Lula, e dos EUA, Donald Trump, conversaram por videoconferência no início da semana e agora as negociações entram em uma nova fase. Ambos trocaram seus números de telefone para manter uma comunicação direta e têm planos de se encontrar pessoalmente em breve.

Donald Trump designou Marco Rubio para dar continuidade às negociações.

Na mesma semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o Brasil apresentará os melhores argumentos econômicos para convencer os Estados Unidos a reverterem a taxa adicional imposta. Um dos principais argumentos é que a tarifa eleva o custo de vida dos americanos.

Haddad ressaltou também que os EUA possuem superávit comercial em relação ao Brasil e muitas oportunidades de investimento no país, especialmente nas áreas de transformação ecológica, minerais raros, energia limpa, eólica e solar.

Tarifa adicional

A tarifa extra aplicada ao Brasil faz parte da nova política adotada pela Casa Branca, iniciada pelo presidente Donald Trump, que visa aumentar tarifas sobre parceiros comerciais para tentar recuperar a competitividade dos EUA frente à China.

Em 2 de abril, o presidente impôs barreiras alfandegárias baseadas no déficit comercial que os EUA possuem com cada país. Como os EUA têm superávit com o Brasil, a taxa aplicada inicialmente foi a menor, de 10%.

No entanto, em 6 de agosto, entrou em vigor uma tarifa adicional de 40% contra o Brasil, em retaliação a decisões que, segundo Trump, prejudicariam empresas de tecnologia americanas, e em resposta ao julgamento do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, condenado por liderar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Produtos como café, frutas e carnes estão entre os tarifados pelos EUA. Cerca de 700 itens, que representam 45% das exportações brasileiras para os EUA, como suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, incluindo seus motores, peças e componentes, inicialmente foram isentos dessas tarifas.

Posteriormente, outros produtos também foram excluídos das taxações adicionais.

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