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Itamaraty: EUA indicam que vistos para ONU ainda estão em análise

Marcelo Viegas, diretor do Departamento de Organismos Internacionais do Ministério das Relações Exteriores, afirmou nesta segunda-feira, 15, que o governo dos Estados Unidos confirmou que os vistos pendentes para os membros da delegação brasileira estão em processo de análise. Viegas ressaltou que não há razão para duvidar que os EUA cumprirão suas obrigações legais no que diz respeito à emissão dos vistos.
“O governo dos EUA indicou que os vistos ainda não emitidos estão em procedimento de análise. Não é possível prever o resultado desta análise, sendo uma prerrogativa soberana dos Estados Unidos a aprovação ou não dos vistos, embora haja uma obrigação clara no acordo de sede da ONU que exige que os EUA concedam esses vistos”, comentou Viegas em entrevista coletiva.
Ele acrescentou que qualquer ação contrária ao que está determinado no acordo seria uma violação legal, mas reforçou: “Não vemos motivo para acreditar que os EUA não cumprirão suas responsabilidades legais quanto à concessão dos vistos.”
Na última sexta-feira, 12, foi realizada uma reunião para discutir o tema dos vistos, com destaque para o caso da Palestina. Isso ocorreu após os EUA terem revogado os vistos de membros da Autoridade Palestina em agosto, alegando apoio ao grupo Hamas, classificado como terrorista.
Viegas explicou que um comitê relacionado ao Estado sede da ONU se reuniu para discutir esta situação. Embora o Brasil não faça parte do comitê, participou do encontro para expressar preocupações sobre o descumprimento das obrigações por parte dos EUA na questão dos vistos.
Ele também destacou que a Palestina, mesmo sendo um Estado observador e não membro pleno da ONU, tem seus direitos protegidos pelo acordo de sede, e diversos líderes manifestaram seu desapreço por qualquer medida que não respeite esse acordo.
Sobre a possível diminuição do tamanho da delegação brasileira em comparação a anos anteriores, Viegas declarou não possuir informações confirmadas. Essa dúvida surgiu diante do esfriamento nas relações entre o governo brasileiro e o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump.

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