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Jamaica enfrenta perigo com furacão Melissa

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Ventos fortes e chuvas intensas atingiram a Jamaica nesta segunda-feira (27) devido à aproximação do furacão Melissa, que pode ocasionar uma destruição significativa, a pior já vista na ilha, conforme alerta do primeiro-ministro.

O furacão, localizado ao sul do país insular, “provavelmente seguirá para o norte, o que pode impactar a costa oeste da Jamaica”, explicou o primeiro-ministro Andrew Holness em entrevista à CNN.

“Caso isso ocorra, e já reforcei isso anteriormente, não creio que exista infraestrutura naquela região capaz de resistir a um furacão de categoria 5, podendo causar danos graves”, acrescentou.

Com ventos de 280 km/h, Melissa alcançou a categoria 5, a mais alta na escala Saffir-Simpson, e continua em direção à Jamaica, com previsão de impacto entre a noite de segunda-feira e manhã de terça.

O Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC) alertou: “Ventos destrutivos, elevação do nível do mar e enchentes severas vão piorar na Jamaica durante o dia e a noite”.

As chuvas fortes combinadas com ventos intensos podem causar estragos comparáveis aos furacões históricos Maria (2017) e Katrina (2005).

Apesar das ordens de evacuação, muitos moradores optaram por permanecer.

“Não vou sair. Não acredito que escapar da morte seja possível”, disse à AFP Roy Brown, da antiga região costeira de Port Royal, em Kingston.

Ele mencionou como motivo a condições e experiências negativas anteriores em abrigos. Jennifer Ramdial, pescadora, expressou: “Simplesmente não quero sair”.

Holness afirmou que a evacuação é para proteger vidas: “Vocês foram advertidos. Agora é a responsabilidade de cada um usar essa informação para fazer a escolha correta”.

Um furacão devastador

Melissa provocou quatro mortes na semana: três no Haiti e uma na República Dominicana, onde um adolescente está desaparecido.

O impacto grande ocorre devido à sua velocidade baixa, avançando a aproximadamente 5 km/h ou menos, permanecendo mais tempo em cada região.

A tempestade também ameaça o leste de Cuba, sul das Bahamas e Ilhas Turcas e Caicos, território britânico.

Em Cuba, com dificuldades para comunicar devido à falta de eletricidade, as autoridades aceleram preparativos para os efeitos de Melissa previstos para terça-feira (28).

O Conselho de Defesa Nacional declarou alerta em seis províncias do leste e começou evacuação de aproximadamente 650 mil pessoas, com estoques de alimentos e reforço nos telhados. Aulas e trabalhos não essenciais foram suspensos.

“Tenho muito medo, pois é um furacão muito perigoso. Pode destruir casas e levar telhados. Tenho pânico dos ventos”, relatou à AFP Anabel Chacón, 62 anos, moradora de Bayamo.

Previsões indicam cerca de um metro de chuva, assim como enchentes rápidas e deslizamentos na Jamaica, Haiti e República Dominicana.

Assistência humanitária

Enquanto a Jamaica se prepara, várias organizações trabalham para fornecer ajuda emergencial do sul da Flórida.

A ONG Global Empowerment Mission (GEM) está entre as principais responsáveis, organizando o envio de cerca de 22 toneladas de suprimentos para Kingston.

“A equipe local permanecerá durante a passagem do furacão e, após ele, avaliará danos e coordenará reparos”, informou Santiago Neira, gestor de projetos da GEM.

Melissa é a 13ª tempestade nomeada na temporada de furacões do Atlântico, que ocorre de junho a novembro.

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