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Janaína critica comportamento inadequado de funcionário da TV pública nas redes sociais

A vereadora Janaína Paschoal (PP) expressou sua opinião de que os colaboradores da TV Câmara devem evitar publicar conteúdos com caráter sugestivo, como striptease, ou se exporem de forma inadequada em suas redes sociais pessoais. A declaração foi feita durante uma reunião do Conselho Editorial da Rede Câmara, do qual ela é presidente.
Em maio, um editor-chefe da TV Câmara foi desligado pela Fundação Padre Anchieta, entidade responsável pela produção dos conteúdos institucionais do Legislativo paulistano, após reclamações feitas por Janaína devido a publicações nas redes sociais do profissional que mostravam ele em trajes mínimos com gestos sensuais, embora não houvesse nudez explícita nos vídeos.
O Conselho Editorial da Rede Câmara, criado em abril pelo Mesa Diretora, orienta e apoia na elaboração dos conteúdos institucionais da Câmara Municipal.
Durante a reunião, Janaína destacou, sem mencionar nomes, que é necessário que os funcionários tenham cuidado com o que publicam, mesmo em suas vidas pessoais. Ela afirmou que, embora todos tenham liberdade, comportamentos como striptease em redes sociais não são aceitáveis para quem trabalha em uma TV pública.
Jeldêam Álves, que trabalhava há 12 anos na Fundação Padre Anchieta, foi desligado após a solicitação assinada pelo presidente da Câmara, Ricardo Teixeira, motivada por queixas de Janaína.
Em entrevista, Álves explicou que também trabalha com a divulgação de marcas de roupas íntimas masculinas e que não sabia o motivo do desligamento até a manifestação da vereadora na reunião. Ele acredita que a decisão foi motivada por questões morais e possivelmente preconceitos relacionados a sua atuação paralela.
Para Janaína Paschoal, que é jurista e professora na Faculdade de Direito da USP, embora esse tipo de comportamento não constitua crime, é incompatível com o trabalho em uma emissora pública. Ela alertou que publicações inapropriadas podem levar a consequências, incluindo a necessidade de afastamento do funcionário.
Álves informou que pretende buscar uma reparação na Justiça e demonstrou preocupação com os impactos do desligamento em sua carreira profissional.
Janaína esclareceu que não solicitou diretamente a demissão do colaborador para a TV Cultura, apenas reportou o caso à Presidência da Câmara, destacando que a situação foi pontual e já resolvida.
A assessoria da Presidência da Câmara informou que, como contratante, a Câmara tem autoridade para solicitar a substituição de qualquer profissional pela Fundação Padre Anchieta, conforme seus critérios.
Em comunicado, a Fundação Padre Anchieta afirmou que o desligamento ocorreu em maio durante a gestão anterior da instituição, sob uma reestruturação do quadro funcional, e que houve troca na direção da fundação no dia 13 de junho.

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