Washington – O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, vinculou nesta segunda-feira o fim da política de separações de crianças dos seus pais após entrar como imigrantes ilegais pela fronteira sul à construção do muro defendido pelo presidente americano, Donald Trump.
“Não queremos separar os pais dos seus filhos. Se construirmos o muro, se aprovarmos uma legislação para acabar com a ilegalidade, não enfrentaremos estas opções terríveis”, afirmou o procurador-geral sobre a chamada política de “tolerância zero” do seu departamento na fronteira com o México.
Sessions considerou que, com esses requisitos, os EUA garantiriam “um sistema onde quem tenta solicitar asilo possa fazê-lo e quem quer vir ao país o solicite de forma legal”, explicou durante um discurso em Nova Orleans (Luisiana).
O titular da pasta de Justiça, que há poucos dias citou a Bíblia para justificar estas separações, explicou que os EUA debatem entre ser “um país de lei ou ser um país que não quer fronteiras”.
“É uma das razões pelas quais os americanos elegeram o presidente Trump, para acabar com a ilegalidade na nossa fronteira sul”, argumentou Sessions, que insinuou que os migrantes que chegam ao país utilizam as crianças como mecanismo para não serem processados criminalmente.
As declarações do procurador-geral chegam em um contexto no qual os EUA iniciaram nos últimos meses uma política de “tolerância zero” que faz com que quem cruza a fronteira de forma ilegal seja processado pela via criminal, e quem o faz com menores acaba sendo separado destes.
Na semana passada, as autoridades informaram à Agência Efe que separaram das suas famílias cerca de 2 mil menores imigrantes na fronteira com o México em um prazo de seis semanas, no marco destas políticas contra a imigração ilegal impulsionada por Trump.
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