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Jornada de Trabalho de 36 Horas Avança no Senado
Em meio ao debate sobre o fim da jornada 6×1, o Senado aprovou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) uma proposta que busca reduzir gradativamente a carga semanal de trabalho para 36 horas.
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC), relatada por Rogério Carvalho (PT-SE), foi aprovada simbolicamente nesta quarta-feira.
O texto estabelece:
- Diminuição da jornada em uma hora por ano até alcançar 36 horas semanais;
- Limite máximo de cinco dias de trabalho por semana;
- Dois dias consecutivos de descanso, preferencialmente sábado e domingo;
- Limite de até oito horas de trabalho por dia, regra já vigente atualmente.
Agora, a PEC segue para votação no Plenário do Senado. O governo está empenhado para que o texto seja analisado antes do recesso de fim de ano.
A aprovação na CCJ surpreendeu até o autor da proposta, senador Paulo Paim (PT-RS). O governo, que inicialmente apostava na Câmara e apoiava o relatório de Leo Prates, decidiu mudar a estratégia e apoiar o texto que avance mais rapidamente.
PEC na Câmara
Na Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda à Constituição (PEV) de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) sugere um sistema de quatro dias de trabalho e três de descanso, mantendo a jornada máxima de 36 horas semanais e encerrando a escala 6×1 utilizada por diversas categorias. O texto permite também compensação de horários por meio de acordo coletivo.
O relatório do deputado Luiz Gastão (PSD-CE) modificou a proposta, sugerindo a redução gradual da jornada de 44 para 40 horas semanais, sem afetar os salários. Para ele, a adoção imediata da jornada de 36 horas seria economicamente inviável para micro e pequenas empresas.
O parecer estabelece:
- Transição gradual em três anos: 42 horas → 41 horas → 40 horas;
- Restrição ao trabalho nos fins de semana, com pagamento em dobro para horas extras superiores a seis horas;
- Redução de impostos sobre a folha de pagamento para empresas que possuem alta relação entre remuneração e faturamento;
- Dois projetos: uma PEC para alterar a Constituição e um Projeto de Lei (PL) para ajustar a CLT, sendo o PL a principal ferramenta para a implantação da redução.
Até o momento, ainda não há previsão para a análise deste texto na Câmara dos Deputados.


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