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Jornalistas são detidos perto da sede presidencial da Venezuela
A Sociedade Interamericana de Imprensa denunciou que as detenções querem “intimidar e restringir a circulação de informação independente”
Caracas – As forças de segurança venezuelanas detiveram quatro jornalistas, dois deles de nacionalidade chilena, nas cercanias do Palácio de Miraflores, sede da Presidência da Venezuela, segundo denunciou nesta quarta-feira o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP).
De acordo com o SNTP, os chilenos Rodrigo Pérez e Gonzalo Barahona, ambos da emissora de televisão “TVN”, foram detidos junto aos também jornalistas venezuelanos Maiker Yriarte e Ana Rodríguez, do canal online “VPI”, sem que se saibam as razões.
Acredita-se que os jornalistas cobriam a vigília em defesa do presidente Nicolás Maduro, convocada pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) na semana passada, e que não teve adesão.
O “VPI” qualificou em comunicado como “arbitrária” a detenção e afirmou que os quatro jornalistas “estavam no exercício das suas funções” quando ocorreram os fatos.
Na última sexta-feira o jornalista brasileiro Rodrigo Lopes, do jornal “Zero Hora” foi detido durante algumas horas nas imediações do Palácio de Miraflores, enquanto as venezuelanas Osmary Hernández, correspondente da “CNN”, e Beatriz Adrián, da emissora de televisão colombiana “Caracol”, foram detidas temporariamente perto da sede do órgão de inteligência da Venezuela no último dia 13.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) denunciou na segunda-feira que estas detenções são uma “prática abusiva” do governo de Nicolás Maduro para “intimidar e restringir a circulação de informação independente”.
Desde o final do ano passado o jornalista venezuelano Jesús Medina e o documentarista independente alemão Billy Six estão detidos em prisões da Venezuela.
De acordo com um relatório do Instituto de Imprensa da Venezuela, entre 23 e 24 de janeiro houve “censura de canais estrangeiros, cautela informativa em impressos, silêncios televisivos, limitação de opiniões na rádio e bloqueios na internet”. Fonte: Exame
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