Centro-Oeste
Jovem do Distrito Federal ganha ouro em competição internacional de segurança digital na China
O estudante Lucas Freitas Vieira, de 12 anos, conquistou medalhas de ouro e bronze na Olimpíada Internacional de Cybersegurança, realizada na China, nesta quarta-feira (17/12).
O jovem do Distrito Federal (DF) se classificou para a competição após ganhar uma medalha de prata na Olimpíada Nacional Júnior de Cybersegurança de Singapura (NJCO).
Como a família não tinha recursos financeiros para custear a viagem para a China, diversas pessoas se uniram em uma corrente solidária e arrecadaram o dinheiro necessário.
“Competindo com estudantes entre 11 e 19 anos, Lucas conquistou um marco inédito. É a primeira medalha de ouro do Brasil nesta Olimpíada Internacional de Cybersegurança”, comemorou a mãe do estudante, a policial rodoviária federal Márcia Freitas, 43 anos.
Lucas ganhou a medalha de ouro junto com outros integrantes da equipe brasileira na competição por equipes, enquanto o bronze foi conquistado na etapa individual.
“Somos muito gratos a todos que ajudaram a tornar esse sonho possível. Para Lucas, todo esforço valeu a pena e agora ele está motivado a continuar estudando para aprender cada vez mais”, disse Márcia.
Menino prodígio
Autodidata no piano e fluente em espanhol e inglês, o menino demonstra paixão por astrofísica, física quântica e programação, segundo sua mãe.
Em 2024, o estudante começou o 5º ano e pretende concluir o 8º ano em 2025. Lucas é membro de associações reconhecidas mundialmente para pessoas com alto QI, como a Mensa e a Intertel.
Superdotados
Estudantes superdotados possuem um processamento cerebral diferenciado, aprendendo muito rapidamente, o que pode causar tédio com atividades tradicionais de sala de aula.
De acordo com Márcia, Lucas estuda em uma escola com profissionais capacitados para apoiar seu desenvolvimento.
Além de avançar nos anos escolares, ele recebe suporte dos educadores para evitar o bullying, seja por ser o mais jovem da turma ou por seu interesse em temas considerados incomuns para sua idade.
“Enquanto as crianças da idade dele preferem jogar bola, Lucas quer estudar segurança digital, o chamado ‘hackeamento do bem’”, contou Márcia.
Rumo ao Prêmio Nobel
Lucas já sabe programar em Python, cria agentes de inteligência artificial e participa de exercícios de segurança digital chamados CTF (Capture The Flag), que simulam detecção de vulnerabilidades em sites.
Em 2024, ele acompanhou algumas aulas no Instituto de Física da UnB, no Projeto Escola Continuada, estudando astrofísica, física e estatística — assuntos pouco comuns para a sua idade, mas muito interessantes para ele, conforme destacou Márcia.
Entre seus grandes sonhos está fazer parte de uma equipe científica brasileira que venha a ganhar um Prêmio Nobel, algo que o motivará a continuar se dedicando aos estudos.

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