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Jovem neozelandês tem intestino parcialmente removido após engolir vários ímãs

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Um jovem de 13 anos na Nova Zelândia precisou passar por uma cirurgia para remover parte do intestino após ingerir quase 200 ímãs potentes.

Segundo um estudo recente publicado na revista The New Zealand Medical Journal, o adolescente chegou ao Hospital Tauranga queixando-se de dores abdominais, confessando ter ingerido cerca de 100 ímãs de neodímio aproximadamente uma semana antes.

Contudo, a quantidade efetivamente retirada de seu corpo foi muito maior.

Exames de raio-X revelaram quatro correntes lineares dispostas em diferentes partes do intestino. Após serem engolidos, esses pequenos objetos metálicos se atraíram, causando danos sérios.

Durante a operação, as correntes foram encontradas em pontos isolados do intestino delgado e do ceco, que é a primeira parte do intestino grosso.

Compactados, os ímãs provocaram a morte de áreas do tecido devido à falta de circulação sanguínea, fenômeno conhecido como necrose por pressão.

Apesar da necessidade da remoção cirúrgica de parte do intestino, o paciente evoluiu bem e recebeu alta após oito dias.

Alex Sims, pesquisador da Universidade de Auckland, ressalta que a ingestão de pequenos ímãs potentes pode ser fatal.

Ele explica que esses ímãs são comercializados como brinquedos para adultos e crianças, muitas vezes vendidos em conjuntos que permitem formar diversas estruturas, além de serem usados para agitação. A atratividade das pequenas bolinhas coloridas contribui para que crianças as engulam inadvertidamente.

O motivo pelo qual o adolescente ingeriu os ímãs não foi esclarecido no relatório. Entretanto, autoridades neozelandesas têm alertado sobre uma tendência em redes sociais, em que jovens usam ímãs para criar piercings na língua, nariz ou lábios, aumentando o risco de ingestão acidental e suas graves consequências.

Em 2013, após vários casos graves relacionados a ímãs, o governo da Nova Zelândia proibiu a venda dos ímãs feitos de neodímio-ferro-boro (NIB), conhecidos como “ímãs de terras raras”, que são até 50 vezes mais fortes que os ímãs comuns.

Os profissionais de saúde envolvidos apontam que é preocupante a dificuldade para implementar efetivamente essa proibição no país.

Em 2024, uma jovem na Nova Zelândia também engoliu dois desses ímãs durante uma festa de aniversário. Sua mãe relatou que, ao realizar o raio-X, os médicos identificaram que os ímãs estavam conectados, mas um deles se deslocou para o intestino enquanto o outro permaneceu no estômago. A atração entre eles através do tecido causou uma perfuração gástrica, levando a necessidade de cirurgia de emergência.

As autoridades ressaltam que, diante da suspeita de ingestão de ímãs por crianças ou jovens, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente, pois mais de 75% dos casos exigem intervenção cirúrgica ou endoscópica.

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