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Jovens de 20 a 29 anos lideram casos de HIV no Distrito Federal
O boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) indica que a faixa etária entre 20 e 29 anos representa 42,6% das infecções por vírus da imunodeficiência humana (HIV) notificadas no período de 2020 a 2024 no Distrito Federal.
A segunda maior incidência média de diagnósticos está na faixa dos 30 aos 39 anos, com 27,7%. Apesar do número expressivo entre os jovens, os dados apontam para uma estabilidade nos casos registrados de HIV durante os quatro anos analisados.
O levantamento reúne informações detalhadas sobre sorologia distribuída por idade, sexo, raça e região administrativa, além de dados referentes a novos casos e mortes relacionadas à Aids, que é a fase avançada da infecção pelo HIV onde ocorrem diversas complicações e doenças associadas.
Entre os anos de 2020 e 2024, houve a notificação de 3.838 novos casos de HIV e 1.177 casos de Aids no Distrito Federal. Durante esse período, o coeficiente de detecção de Aids por 100 mil habitantes apresentou redução, passando de 8,5 em 2020 para 5,3 em 2024.
O número de óbitos atribuídos à Aids registrados pela SES-DF foi de 448, também apresentados redução no coeficiente de mortalidade, que diminuiu 9,7%, saindo de 3,1 por 100 mil habitantes em 2020 para 2,8 em 2024.
Já em relação ao HIV, houve um leve crescimento nas notificações em 2024, com 26 casos por 100 mil habitantes, comparado a 22,6 em 2020.
Aspectos essenciais
Beatriz Maciel, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis e Tuberculose da SES-DF, esclarece que o HIV compromete o sistema imunológico ao destruir as células de defesa, deixando o organismo mais suscetível a infecções. O diagnóstico é realizado por meio de testes específicos para o vírus.
Beatriz explica que a Aids é caracterizada por uma contagem de células de defesa T (CD4/CD8) inferior a 350 por milímetro cúbico de sangue, associada à presença de sintomas ou doenças relacionadas.
Ela destaca que identificar a infecção precocemente é fundamental para evitar a progressão para a fase mais grave da doença. Com tratamento adequado, a pessoa infectada pelo HIV pode manter uma boa qualidade de vida.
O uso constante da terapia antirretroviral possibilita reduzir a carga viral a níveis indetectáveis. Quando isso acontece, o paciente não desenvolve a doença, não progride para Aids e, principalmente, não transmite o vírus para outras pessoas.


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