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Juiz corrige texto e mantém liberdade para suspeito com 200 kg de cocaína

Juiz Marcelo Nalesso Salmaso alterou o texto de uma decisão tomada na última segunda-feira, 25 de agosto, que concedeu liberdade provisória a Thiago Zumiotti da Silva, detido com mais de 200 kg de pasta-base de cocaína na cidade de Itu, interior de São Paulo.
A modificação no texto não alterou a decisão de manter o suspeito em liberdade. A correção foi feita porque, inicialmente, o juiz havia usado um termo padrão na decisão, descrevendo a quantidade de droga como “pequena” e não “exacerbada”, além de afirmar que o réu não tinha antecedentes criminais e não apresentava risco.
A decisão provocou reação do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, que criticou nas redes sociais o juiz por considerar a grande quantidade de droga como pequena, classificando a decisão como um desrespeito ao trabalho policial e à população.
Posteriormente, em retificação, o juiz explicou que o texto original foi um modelo padrão para casos de liberdade provisória em tráfico de drogas e não refletia justamente os fatos do processo em questão. Ele esclareceu que sua decisão verbal durante a audiência era diferente do texto incorreto.
O juiz destacou agora que a quantidade de droga apreendida é de grande monta, mas manteve a liberdade provisória ao considerar que não existem provas de que o acusado pertença a uma organização criminosa ou ocupe posição relevante no tráfico de entorpecentes.
Thiago Zumiotti da Silva foi preso em 20 de agosto transportando mais de 200 kg de cocaína em Itu. Na audiência de custódia realizada no dia seguinte, o juiz aplicou o chamado tráfico privilegiado, que reduz pena para condenados primários, sem histórico criminal, que não integrem organizações criminosas e que tenham cometido o crime sem violência ou grave ameaça.
O magistrado explicou que a liberdade provisória não significa absolvição e impôs ao acusado medidas cautelares, incluindo obrigatoriedade de comparecimento em juízo quando solicitado e proibição de sair da comarca sem autorização. O não cumprimento dessas medidas pode levar à prisão preventiva.
O Ministério Público de São Paulo recorreu da decisão que concedeu a liberdade provisória e aguarda avaliação sobre o recurso para decidir os próximos passos do processo.

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