Julgamento do psicólogo acusado de maus-tratos a gatos tigrados segue em outubro

O julgamento do psicólogo Pablo Stuart Fernandes Carvalho, 30 anos, acusado de maus-tratos e morte de diversos gatos tigrados, não foi concluído na última quinta-feira (18/9). A 2ª Vara Criminal do Gama remarcou a continuação da audiência para o dia 9 de outubro, que será realizada de forma virtual às 14h.

Na próxima sessão, serão ouvidas as testemunhas de defesa, além do depoimento do próprio Pablo. Na audiência anterior, as cuidadoras dos gatos mortos prestaram seus depoimentos como testemunhas de acusação. O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) é o responsável pela denúncia contra o psicólogo.

Segundo o MPDFT, como titular da ação penal pública e representante da sociedade, atua na proteção dos animais e busca assegurar a responsabilização criminal por tais atos.

Contexto do caso

O caso veio à tona em março de 2024, quando o Metrópoles divulgou denúncias contra Pablo Stuart Fernandes Carvalho por maltratar e causar a morte de, pelo menos, 20 gatos. Todos os felinos adotados pelo acusado tinham pelagem rajada e cinza.

Pablo adotava os gatos por meio de protetores de animais, usando histórias falsas para solicitar novos animais após a suposta perda dos anteriores. Entre setembro de 2024 e março de 2025, ele teria adotado ao menos 20 desses animais.

Investigações revelaram que quase todos os gatos foram mortos, práticas que incluíam jogá-los contra paredes e submetê-los a banhos agressivos, segundo depoimentos de vizinhos e protegidos.

Após a repercussão, a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu Pablo em 25 de março, medida que foi convertida em prisão preventiva.

Potencial aumento no número de vítimas

Além das denúncias iniciais, outras cuidadoras relataram ter entregado gatos para Pablo, podendo elevar o número de vítimas acima de 20. As protetoras afirmam que ele demonstrava grande habilidade para se passar por adotante responsável e cumpria todos os requisitos formais para adoção.

Posicionamento da defesa

Em nota oficial, os advogados de Pablo Stuart Fernandes Carvalho mantêm a convicção da inocência do cliente e afirmam que farão todos os esforços para comprovar isso em juízo.

Segundo a defesa, uma análise detalhada das provas a serem apresentadas revelará a ausência de responsabilidade penal do acusado.