Justiça aprova transferência de Hytalo Santos para presídio na Paraíba

Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu permissão na última segunda-feira (25/8) para a mudança do influenciador Hytalo Santos e seu cônjuge, Israel Natã Vicente, conhecido como Euro, para uma prisão localizada em João Pessoa, na Paraíba.

O casal, detido há 11 dias, deixará o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros em São Paulo e será levado à Penitenciária Desembargador Flóscolo da Nóbrega, conhecida popularmente como Penitenciária Roger, situada na capital paraibana.

Durante audiência de custódia em 16 de agosto, Hytalo Santos expressou desconhecimento sobre os motivos de sua detenção junto ao marido. Ambos são investigados pelo Ministério Público da Paraíba por supostas práticas relacionadas a tráfico humano e exploração sexual de menores.

O advogado da defesa, Ricardo Ueno, solicitou que o casal permanecesse preso em São Paulo devido à proximidade familiar, e pediu transferência para a Penitenciária 2 de Tremembé, conhecida como “Cadeia dos Famosos”, devido à repercussão do caso e às acusações de natureza sexual. Contudo, o juiz responsável orientou que tais pedidos fossem direcionados à jurisdição apropriada.

A decisão da Justiça paulista para transferência já havia sido determinada em 19 de agosto. Apesar do pedido da defesa para aguardar a mudança em Tremembé, foi indeferido e o casal seguirá para unidade prisional na Paraíba.

A prisão ocorreu em uma residência de alto padrão na Região Metropolitana de São Paulo, onde se encontravam oito pessoas maiores de idade, nenhuma com antecedentes criminais ou mandados em aberto. Um vídeo do momento da prisão foi divulgado pela Polícia Civil.

As ações de prisão envolveram uma cooperação entre o Ministério Público da Paraíba, Ministério Público do Trabalho, Policiais Civis da Paraíba e São Paulo, bem como a Polícia Rodoviária Federal. A investigação teve início após denúncias feitas por outro influenciador, Felca, que expôs conteúdos envolvendo menores em contextos impróprios nas redes sociais.

Segundo o delegado Fernando David, do Departamento Estadual de Investigações Criminais de São Paulo, o casal estava em rota de fuga do país, monitorado pela Polícia Rodoviária Federal desde a saída da Paraíba, provavelmente com intenção de cruzar a fronteira por Foz do Iguaçu ou outra localidade do sul.

Na data da prisão, ambos portavam quatro celulares, que foram apreendidos para análise pericial na Paraíba. Eles não tinham passaportes, mas documentos de identificação pessoal.