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Justiça argentina bloqueia bens de Cristina Kirchner por corrupção
A Justiça da Argentina determinou nesta terça-feira, 18, o bloqueio de mais de 100 propriedades, contas bancárias, empresas e fazendas ligadas à Cristina Kirchner e outras oito pessoas condenadas por corrupção em obras públicas durante o governo da ex-presidente peronista. O total de recursos desviados é estimado em US$ 500 milhões. Esses bens já estavam congelados após as condenações.
Cristina Kirchner cumpre prisão domiciliar em Buenos Aires desde junho deste ano, quando a sentença de seis anos por administração fraudulenta se tornou definitiva no final de 2022. Além disso, ela está proibida permanentemente de ocupar cargos públicos.
O processo de corrupção que levou à prisão da ex-vice-presidente envolve irregularidades em 51 licitações, conforme a Justiça. Foram identificados desvios relacionados à construção de rodovias e estradas nacionais na província de Santa Cruz entre 2003 e 2015, período das presidências de Néstor Kirchner, seu falecido marido, e de Cristina Kirchner.
De acordo com o tribunal, existiu um “esquema fraudulento extraordinário” que prejudicou os interesses públicos. O prejuízo foi estimado inicialmente em cerca de 85 bilhões de pesos (aproximadamente US$ 70 milhões na época), valor posteriormente atualizado por especialistas do Supremo Tribunal de Justiça argentino.
Entre os outros réus afectados pela decisão estão Lázaro Báez, empresário ligado aos Kirchner que se beneficiou de contratos de obras públicas, além de um ex-secretário do departamento e ex-funcionários da autoridade rodoviária.
O tribunal declarou Cristina Kirchner e os outros oito culpados, deixando que eles decidam a porcentagem dos bens confiscados que cada um receberia. No entanto, nenhum aceitou a decisão e todos recorreram, tendo seus recursos rejeitados nas instâncias superiores.
Cristina Kirchner, que afirma ser alvo de perseguição judicial planejada por setores conservadores para afastá-la da política, não comentou a nova decisão.

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