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Justiça determina quebra de sigilo de presidente de associação da PMDF
A Justiça do Distrito Federal determinou a quebra de sigilo fiscal e financeiro de dois militares, presidente e do vice-presidente Caixa Beneficente da Polícia Militar (Cabe). Eles são réus em um processo que investiga a denúncia de desvio de mais de R$ 50 milhões da associação beneficente.
Há quatro meses, diretores da própria associação denunciaram um possível esquema de superfaturamento que teria reduzido o lucro da Cabe.
“O recebível em 2011 no fechamento, no faturamento, era de R$ 78 milhões. Nós fechamos 2012 com recebimento de R$ 52 milhões. Podemos estar falando numa diferença de até R$ 50 milhões”, fala o tenente-coronel Luiz Alexandre de Lima.
O presidente e o vice-presidente da Cabe continuam exercendo as funções dentro da Polícia Militar.
A associação informou em nota que vai apresentar defesa assim que for notificada. O comando da PM não se pronunciou sobre a decisão judicial.
De acordo com a denúncia, em uma das supostas fraudes, a associação criou uma papelaria de fachada e vendeu para a empresa R$ 58 mil reais em coturnos. A venda teria sido feita em nome de um sargento sem autorização do militar. Dias depois, a associação comunicou à corporação que precisava de coturnos e, desta vez, apresentou um orçamento três vezes maior que o valor de mercado.
A sede da associação fica no Setor Policial Sul, conta com um restaurante, lanchonete e um supermercado. São estabelecimentos criados para dar assistência a cerca de 22 mil policiais associados.