Mundo
Justiça do Reino Unido aceita recurso de Assange e extradição é adiada
Tribunal pediu garantias aos EUA sobre os direitos do ativista
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, teve sua extradição para os Estados Unidos adiada após o Supremo Tribunal de Londres sinalizar que lhe permitiria recorrer do caso.
O tribunal britânico deu ao governo dos EUA um prazo de três semanas para fornecer uma série de garantias em torno dos direitos de Assange a respeito da Primeira Emenda e de que ele não enfrentaria a pena de morte. Se os EUA não dessem estas garantias, Assange teria permissão para recorrer da extradição.
Numa audiência de dois dias no mês passado, Assange pediu permissão para rever a decisão de extradição de 2022 assinada pelo Reino Unido.
Acusações contra Assange
Em 2019, o Departamento de Justiça dos EUA descreveu os vazamentos como “um dos maiores contendo informações confidenciais na história dos EUA“.
Quem é Assange
Segundo informações da BBC, sua vida em tribunais não começou agora. Em 1995, ele foi multado por crimes cibernéticos em uma Corte da Austrália, seu país natal, e só evitou a prisão porque prometeu não cometer infrações novamente.
Em 2006 ele fundou o WikiLeaks. O projeto afirma ter publicado mais de dez milhões de documentos, incluindo relatórios oficiais confidenciais relacionados a guerras, espionagem e corrupção.
Em 2010, o site divulgou um vídeo de um helicóptero militar dos EUA que mostrava 18 civis sendo mortos na capital do Iraque, Bagdá. Foi um terremoto político à época.
Também publicou milhares de documentos confidenciais fornecidos Chelsea Manning, ex-analista de inteligência do Exército dos EUA.
Os arquivos indicavam que militares dos EUA tinham matado centenas de civis em incidentes não relatados durante a guerra no Afeganistão.
Você precisa estar logado para postar um comentário Login