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Justiça italiana confirma prisão de Carla Zambelli

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A Justiça italiana decidiu nesta quinta-feira a permanência da prisão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Conforme informações da Advocacia-Geral da União (AGU), que atua em nome do governo brasileiro neste processo, a Corte de Apelação de Roma considerou que existe risco de fuga, mantendo a prisão preventiva da parlamentar durante a tramitação do pedido de extradição feito pelo Brasil.

A Corte também avaliou que a defesa de Zambelli não conseguiu provar as alegações de perseguição política.

Segundo a AGU, “os juízes italianos apontaram que Zambelli aparenta não ter vínculos reais com a Itália, evidenciado pelo desconhecimento da língua italiana, o que exigiu a presença de um intérprete durante as audiências”.

Além disso, os magistrados consideraram que as condições de saúde indicadas pela defesa não impedem a manutenção da prisão. Sobre o transtorno depressivo, a decisão afirmou que não há indícios de automutilação ou comportamento perigoso, e que sintomas como mau humor e distúrbios do sono podem ser tratados com acompanhamento médico.

Fuga

No mês anterior, Zambelli foi detida em Roma, Itália, enquanto tentava evitar a execução de um mandado de prisão emitido pelo ministro Alexandre de Moraes.

Com dupla cidadania, a deputada deixou o Brasil em maio após ser condenada pelo STF a cumprimentos de 10 anos de prisão pelo ataque ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. Além disso, deverá pagar R$ 2 milhões em danos coletivos.

As investigações apontam que Zambelli foi a mentora do ataque ao sistema do CNJ, que teve como objetivo emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. O hacker Walter Delgatti, já condenado, confirmou ter realizado o ataque a pedido da parlamentar.

Após a fuga para a Itália, o governo brasileiro formalizou pedido de extradição, protocolado no dia 11 de junho pelo STF e enviado pelo Ministério das Relações Exteriores ao governo italiano.

Nova condenação

Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal condenou novamente a deputada pelo caso em que ela sacou uma arma e perseguiu o jornalista Luan Araújo pouco antes do segundo turno das eleições de 2022. A perseguição ocorreu após uma troca de provocações entre Zambelli e Luan em um ato político no bairro dos Jardins, São Paulo.

Por nove votos a dois, a Suprema Corte definiu pena de cinco anos e três meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com uso da arma.

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