Justiça libera acusados de ajudar fuga em caso de tráfico

A Justiça paulista revogou a prisão de três réus por tráfico de drogas, suspeitos de envolvimento no assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do PCC, ocorrido em novembro de 2024.

Jackeline Leite Moreira, namorada de Kauê do Amaral Coelho, apontado como olheiro da facção no crime, e os irmãos Matheus Soares Brito e Marcos Soares Brito, suspeitos de colaborar na fuga de Kauê, receberam alvará de soltura na terça-feira (26/8).

Além da acusação por tráfico, eles são investigados por ajudar na fuga do olheiro do PCC. Após o assassinato de Gritzbach, Kauê encontrou-se com Jackeline e passaram a noite juntos em um motel antes dele viajar para o Rio de Janeiro.

Jackeline Leite Moreira foi presa temporariamente em janeiro deste ano, mas alegou não ter ligação com tráfico ou auxílio na fuga.

Matheus foi preso em dezembro e confessou ter ajudado Kauê a fugir para o Rio de Janeiro, conforme declaração do secretário-executivo da Segurança Pública de São Paulo, delegado Osvaldo Nico Gonçalves. Marcos Henrique Soares Brito e o tio, Allan Pereira Soares, foram presos após apreensão de munições, mas liberados após audiência.

Em abril, 16 policiais militares foram indiciados por escolta ilegal e participação no assassinato de Gritzbach. Do total, 12 respondem por organização criminosa, um por falsidade ideológica, e três por envolvimento direto no homicídio. A Secretaria da Segurança Pública afirmou que 17 policiais continuam presos.

Vinícius Gritzbach foi assassinado no dia 8 de novembro no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, após retornar de viagem a Maceió, Alagoas. Testemunhas relataram que ele estava cobrando uma dívida. Dois homens armados e encapuzados atiraram contra ele, atingindo-o fatalmente com 10 disparos. Além dele, um taxista morreu e outras duas pessoas ficaram feridas.