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Justiça mantém prisão de mulher que levou bebê de maternidade em Brasília
Em audiência de custódia, prisão dela em flagrante foi convertida em prisão preventiva. Caso ocorreu no Hran na última terça-feira.
A Justiça manteve presa a estudante de enfermagem Gesianna Alencar, que foi detida na quarta-feira (7) por levar um bebê de maternidade de Brasília. Na audiência de custódia, a prisão dela em flagrante foi convertida em prisão preventiva – sem prazo determinado. Com isso, ela deve ser transferida para a Penitenciária Feminina (conhecida como “Colmeia”), no Gama.
O caso foi apreciado pelo juiz Aragonê Nunes Fernandes, nesta quinta. Na decisão, ele argumenta que a mulher deve permanecer presa, mesmo não tendo antecedente criminal, porque o caso é “de gravidade concreta” pela “sua periculosidade social”.
Ele entendeu que a mulher levou o bebê de forma “ardil no intuito de escapar da ação do Estado e de iludir seus próprios familiares”, usando documentos falsos.
“A gravidade concreta do caso transcende a situação particular, na medida em que fragiliza a sociedade, em especial, os usuários do sistema público de saúde, e aqueles que se aproximam do momento do nascimento de seus filhos. Esse cenário recomenda, neste momento, a custódia cautelar, como forma de garantir a ordem pública e preservar a instrução criminal.”
A decisão do juiz contraria um pedido da defesa da estudante e do próprio Ministério Público, que solicitaram a liberação provisória dela até o caso ser julgado. O MP propunha a imposição de medidas, como proibição de se aproximar da família da vítima ou de chegar perto do Hran.
Por determinação do magistrado, a estudante vai passar por avaliação psicológica/psiquiátrica. Também houve recomendação à Vara de Execuções Penais e à coordenação do sistema penitenciário para que ela tenha a integridade física mantida.
Relembre
A suspeita tem 26 anos. Ela é apontada por testemunhas e pela Polícia Civil como a mulher que levou o bebê de 12 dias do Hospital Regional da Asa Norte. O G1 mostrou que ela enviou uma série de mensagens de celular ao marido para informar do “parto” da criança. A conversa foi obtida pela Polícia Civil e anexada à investigação.
O crime aconteceu na manhã de terça e o bebê foi resgatado quase 24 horas depois. Nas mensagens, segundo a Polícia Civil, a suspeita se passa por uma amiga para informar da consulta médica, do rompimento da bolsa e do nascimento da criança, “de parto normal”. Nenhuma das informações era verídica.
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