Justiça mantém uso de tornozeleira eletrônica para Gil Rugai preso por homicídios

A Justiça de São Paulo rejeitou o pedido do réu Gil Rugai para dispensar o uso da tornozeleira eletrônica. Condenado pelos assassinatos de seu pai e madrasta, ele cumpre pena em liberdade desde agosto de 2024, após período de reclusão na Penitenciária de Tremembé, conhecida como o “Presídio dos Famosos”.

Na decisão proferida em 12 de novembro, a juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli destacou que a defesa de Gil Rugai não apresentou argumentos suficientes para justificar a retirada do monitoramento eletrônico.

“Considerando a gravidade dos crimes e a severidade da pena imposta, é necessária cautela devido ao risco concreto de descumprimento das condições estabelecidas”, ressaltou a magistrada.

A juíza também acatou o parecer do Ministério Público e o laudo psicológico, que descreve Gil Rugai como alguém com “imaturidade nas relações afetivas, apresentando oscilações bruscas de humor, instabilidade emocional e baixa tolerância à frustração”. Por isso, a volta à sociedade deve ser acompanhada de suporte constante para garantir sua adaptação em diferentes situações.

Contexto do caso

Gil Rugai foi condenado pelos assassinatos de seu pai, Luiz Carlos Rugai, e de sua madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, ocorridos em 2004 na região interiorana de São Paulo.

Após os crimes, Gil Rugai tornou-se o principal suspeito, com testemunhas relatando que ele esteve na casa da vítima na noite do ocorrido. A perícia confirmou que um cartucho utilizado no duplo homicídio foi encontrado em seu quarto.

Investigações indicam que o motivo seria a demissão dele da produtora Referência Filmes, empresa do seu pai.

Em 22 de fevereiro de 2013, ele foi condenado a mais de 33 anos de prisão e permaneceu encarcerado até agosto de 2024, quando passou a cumprir a pena em regime aberto.

Série documental

Gil Rugai é personagem de uma série documental intitulada Tremembé, lançada em novembro. Esta produção mostra o cotidiano da penitenciária famosa por abrigar presos de notoriedade, retratando histórias e acontecimentos dentro daquele ambiente.