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Justiça Militar condena policiais por segurança ilegal de Gritzbach
O Tribunal de Justiça Militar de São Paulo (TJM) condenou 11 policiais militares por realizarem segurança particular ilegal para Vinícius Gritzbach, delator do PCC, que foi assassinado a tiros em novembro de 2024 no Aeroporto Internacional de Guarulhos. As penas variam entre três e oito anos de prisão, ainda aguardando publicação da sentença.
Dos 15 PMs envolvidos, 11 foram julgados culpados por organização criminosa, sendo servidores públicos armados durante a ação. Quatro foram absolvidos: o soldado Abraão Pereira Santana, o cabo Júlio César Scarlett Barbini, o tenente Thiago Maschion Angelim da Silva e o cabo Nathan Botelho Roberto. Os condenados cumprirão pena em regime semiaberto.
Vinícius Gritzbach foi morto com dez tiros na área de desembarque do terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, onde chegava acompanhado da namorada. A suspeita de envolvimento dos PMs surgiu após eles apresentarem comportamento estranho no local, não permanecendo no ponto combinado para escoltar Gritzbach.
Investigações apontam que pelo menos 12 PMs estavam envolvidos na escolta irregular, coordenada pelo tenente Giovanni de Oliveira Garcia, apelidado de “chefinho”, lotado no 23º Batalhão Metropolitano.
Mais de um ano após o crime, o Ministério Público de São Paulo ainda não esclareceu totalmente os autores do homicídio. A força-tarefa foi reduzida, e as investigações enfrentam dificuldades para avançar, entre outros fatores, pela redução da equipe e pelo falecimento de um delegado responsável pelo caso.
O relatório final da Polícia Civil indica que o assassinato teve mandantes ligados ao Comando Vermelho e ao Primeiro Comando da Capital, com participação de olheiros e executores entre policiais militares. O pagamento pela proteção oferecida aos criminosos chegou a R$ 5 milhões, conforme delação e gravações obtidas pelo Gaeco.
Múltiplas motivações são atribuídas ao homicídio, incluindo vingança relacionada à morte de um líder do PCC, suspeitas sobre desvio de investimentos em criptomoedas feitos pela facção, e o acordo de delação premiada de Gritzbach.
Além disso, há indícios de envolvimento de policiais civis presos por diversos crimes, que podem estar ligados ao assassinato. Outra linha de investigação investiga a relação do crime com joias milionárias que a vítima possuía no momento do assassinato, recebidas dias antes em viagem a Alagoas.

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