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Justiça Militar investiga bombardeio de Petro que matou jovens
A Justiça Militar da Colômbia iniciou uma investigação sobre o possível uso excessivo da força em um bombardeio contra um grupo guerrilheiro, ordenado pelo presidente Gustavo Petro, que resultou na morte de sete menores forçados a participar do conflito.
A Defensoria do Povo, órgão de defesa dos direitos humanos, denunciou a morte dos jovens na região amazônica de Guaviare, no sul do país, ocorrida na semana passada.
A operação gerou críticas intensas tanto da oposição quanto de membros do próprio governo, já que Petro anteriormente se manifestou contra a morte de menores recrutados à força.
O Ministério Público Militar confirmou a abertura da investigação para avaliar se o ataque, que matou 19 guerrilheiros, respeitou as normas que regulam o uso legítimo da força no contexto do conflito armado.
O escritório de Direitos Humanos da ONU na Colômbia expressou profunda preocupação com a morte das crianças e pediu às forças armadas que tomem todas as precauções para proteger menores vítimas do recrutamento forçado.
Inicialmente, Petro defendeu a ação, afirmando que o bombardeio foi necessário para evitar uma emboscada contra soldados. No dia seguinte, lamentou publicamente a perda dos menores, pedindo perdão às famílias e reconhecendo o peso moral da situação.
O ataque teve como alvo uma facção dissidente das Farc liderada pelo criminoso conhecido como Iván Mordisco.
Com as eleições presidenciais de 2026 se aproximando, Petro enfrenta fortes críticas tanto da direita quanto de seu próprio partido.
Em 2019, o ex-ministro da Defesa, Guillermo Botero, renunciou após pressões por uma moção de censura no Congresso relacionada a um bombardeio anterior que matou menores.
Na época, como senador de oposição ao governo de direita de Iván Duque, Petro classificou aquele episódio como uma grave violação dos direitos humanos durante a guerra.

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