Justiça rejeita pedido de sigilo para homem que arrastou ex por 1km na Marginal

A Justiça de São Paulo negou o pedido para manter o sigilo judicial solicitado pela defesa de Douglas Alves da Silva, 26 anos, que está detido após atropelar e arrastar por 1km sua ex-companheira, Tainara Souza Santos, 31, na Marginal Tietê, em São Paulo.

Em decisão datada de quinta-feira, dia 4 de dezembro, a juíza Paula Marie Konno, responsável pela 2ª Vara do Júri do Foro Central Criminal, destacou que não existem no processo quaisquer provas, imagens ou vídeos que justifiquem o segredo de justiça pedido pela defesa, mantendo assim a publicidade do caso garantida pela Constituição.

A magistrada também pediu informações atualizadas sobre a condição de saúde de Douglas Alves da Silva, incluindo eventuais tratamentos médicos e uso de medicamentos. Durante audiência de custódia, ele alegou ter sofrido agressões e possível tortura por policiais durante sua prisão no dia 30 de novembro.

Na véspera da prisão, Douglas atropelou e arrastou Tainara por mais de 1 quilômetro no asfalto, causando a amputação das duas pernas da vítima, que permanece internada em estado inconsciente.

Câmeras de segurança registraram o momento do atropelamento. A vítima caminhava acompanhada de outro homem, quando foi brutalmente atingida por um carro preto. O incidente ocorreu após uma discussão entre Douglas, Tainara e o acompanhante dela em um bar da região.

Um amigo que estava no veículo com Douglas Alves da Silva, identificado como Kauan Silva Bezerra, relatou que foi ao bar com o suspeito, onde encontraram Tainara conversando com outro homem. Douglas ficou enfurecido e iniciou uma briga. Kauan tentou convencer o amigo a sair do local, mas ao entrar no carro, Douglas deu uma volta contornando o Rio Tietê e atropelou Tainara.

Kauan afirmou em depoimento policial que Douglas e Tainara haviam rompido o relacionamento recentemente, o que contraria a versão de Douglas, que chegou a afirmar desconhecer a vítima.