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Kim Jong Un visita Pequim para reunião com Xi e Putin

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O líder norte-coreano Kim Jong Un chegou nesta terça-feira (2) à cidade de Pequim, onde acompanhará na quarta-feira um grandioso desfile militar ao lado dos presidentes da China e da Rússia.

O trem que transportava Kim chegou à tarde à Estação de Pequim, sendo recebido por Cai Qi, o quinto funcionário de maior escalão da China, e pelo chanceler Wang Yi, conforme a agência oficial norte-coreana KCNA.

Kim Jong Un, o presidente chinês Xi Jinping e o presidente russo Vladimir Putin estarão juntos com mais de 20 líderes mundiais para celebrar os 80 anos do término da Segunda Guerra Mundial.

A China pretende destacar sua força militar, apresentando tropas marchando em formação, exibições aéreas e armamentos modernos na Praça Tiananmen.

Este desfile serve também para demonstrar união entre os países presentes. A presença do líder da Coreia do Norte será a primeira vez que ele aparecerá junto de Xi e Putin no mesmo evento.

Esta é a segunda viagem internacional de Kim em seis anos, e aparentemente ele viajou acompanhado de sua filha, Kim Ju Ae, segundo o Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul.

Fotos divulgadas pela KCNA mostram o líder fumando um cigarro próximo ao seu trem verde-oliva, acompanhado pela ministra das Relações Exteriores, Choe Son Hui, e seu colaborador próximo Jo Yong Won.

Em outra imagem, ele aparece sorrindo dentro de um vagão luxuoso com acabamento em madeira, diante da bandeira norte-coreana e do emblema nacional.

Para Soo Kim, consultora de riscos geopolíticos e ex-analista da CIA, essa visita “formaliza a relação trilateral entre China, Rússia e Coreia do Norte perante a opinião pública”.

Kim Jong Un teve breves momentos de diplomacia internacional de alto nível a partir de 2018, quando se encontrou com o então presidente americano Donald Trump e o presidente sul-coreano Moon Jae-in.

Após o fracasso da cúpula de Hanói em 2019, Kim se distanciou do cenário global, permanecendo na Coreia do Norte durante a pandemia de covid-19, mas se encontrou com Putin na Rússia em 2023.

Bandeiras, flores e segurança reforçada

A segurança em Pequim foi significativamente aumentada antes do desfile. Soldados foram posicionados nas pontes e esquinas das ruas, e longas barreiras metálicas foram instaladas ao longo das avenidas.

Por toda a cidade, decorações artísticas exibem flores e um emblema com a Grande Muralha da China e a inscrição “1945-2025”.

Milhões de chineses morreram durante o conflito contra o Império japonês nos anos 1930 e 1940, parte da Segunda Guerra Mundial após o ataque a Pearl Harbor em 1941.

As autoridades não especificaram os armamentos do desfile, mas analistas militares identificaram novos sistemas, incluindo possivelmente uma enorme arma a laser.

O evento encerra uma semana diplomática intensa para Xi Jinping, que recebeu líderes para a cúpula da Organização para Cooperação de Xangai (OCX), promovendo uma governança mundial alternativa.

Pequim e Moscou apresentam a OCX como uma alternativa à Otan, citando sua representação de quase metade da população mundial e 23,5% do PIB global.

Durante a reunião, Xi criticou o “comportamento provocativo” de certos países, uma alusão aos Estados Unidos, enquanto Putin defendeu a ação militar russa na Ucrânia, atribuindo a culpa ao Ocidente pelo conflito.

Os dois líderes destacaram nesta terça-feira que as relações entre a Rússia e a China alcançaram um patamar sem precedentes na história.

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