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Kremlin afirma que prioridade da Rússia é a guerra, não as eleições americanas
País está focado no conflito com a Ucrânia, disse o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov
O Kremlin afirmou, neste domingo, em relação à decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de retirar sua candidatura à reeleição, que a prioridade para a Rússia é a vitória da campanha militar na Ucrânia, e não a eleição presidencial americana.
“Devemos ser pacientes e acompanhar cuidadosamente o que acontecerá a seguir. A prioridade para nós é alcançar os objetivos da operação militar especial”, disse o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, ao canal do Telegram “Shot”.
Peskov acrescentou que “faltam ainda quatro meses para as eleições (nos EUA), que é um longo período em que muitas coisas podem mudar”.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse em diversas ocasiões nos últimos meses que a vitória de Biden era mais conveniente para a Rússia do que a do ex-presidente e candidato republicano Donald Trump, que a tomou como um “elogio”.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, María Zakharova, pediu uma investigação sobre “a conspiração” entre a imprensa e os meios políticos americanos para esconder a real situação do “estado mental” de Biden.
Por sua vez, o presidente da Câmara dos Deputados, Viacheslav Volodin, acusou Biden de criar problemas “em todo o mundo e em seu próprio país”.
“Quando viu que não iam elegê-lo, fugiu, sem esperar pelas eleições”, disse à imprensa russa.
Além disso, pediu que Biden assuma a responsabilidade de desencadear a guerra na Ucrânia, destruindo a economia dos países europeus e a política de sanções contra Rússia e outros Estados.
Sobre o impacto do anúncio de hoje no resultado eleitoral, o vice-presidente do Senado, Konstantin Kosachov, disse que com a retirada de Biden, as hipóteses de vitória de Trump aumentarão.
Em uma recente conversa telefônica com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o candidato republicano destacou sua intenção de encerrar imediatamente a guerra caso retorne à Casa Branca.
EFE Agência de Notícias
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