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Laudo confirma que saúde de Zambelli permite que ela fique presa
O laudo médico apresentado durante a audiência recente sobre a custódia da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) nesta quarta-feira indicou que sua condição de saúde é apropriada para que ela continue presa. O exame foi avaliado pela Corte de Apelação de Roma, que decidiu que a parlamentar continuará detida no presídio de Rebibbia, localizado nos arredores de Roma, um dos maiores centros penitenciários da Europa.
De acordo com informações divulgadas pelo portal UOL, que teve acesso ao laudo médico-legal submetido à justiça, o estado clínico da deputada não apresenta impedimentos para sua permanência no sistema prisional ou para eventual transferência ao Brasil. Na última audiência, Zambelli mencionou sentir mal-estar e recebeu atendimento médico. A sessão foi interrompida e remarcada para continuidade nesta quarta.
A defesa de Carla Zambelli alega que ela enfrenta diversos problemas de saúde tanto físicos quanto psicológicos, incluindo fibromialgia, que causa dores pelo corpo, além de depressão. Esses diagnósticos foram usados como justificativa para que ela possa responder ao processo em liberdade ou que sua prisão seja convertida para domiciliar.
Considerada foragida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Zambelli foi condenada a 10 anos de reclusão por falsidade ideológica e invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), motivo pelo qual foi solicitado seu extraditamento e seu nome consta na lista vermelha da Interpol. Ela foi presa há cerca de um mês em seu apartamento em Roma após ser denunciada por um deputado italiano.
Em uma audiência inicial em 1º de agosto, a parlamentar disse ser vítima de perseguição política e pediu a realização de um novo julgamento na Itália, país onde possui dupla cidadania. Os argumentos a favor e contra sua soltura serão avaliados pela justiça italiana, mas a decisão sobre sua transferência para o Brasil é do Ministério da Justiça da Itália, que pode negar o pedido por motivos políticos. A embaixada do Brasil estima que o processo deverá ser concluído até o fim do ano.

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