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Levy diz que arrecadação não é suficiente para fechar as contas

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O ministro avisou que o PIB do primeiro semestre será anunciado na próxima sexta-feira (29/5)

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta manhã de segunda-feira (25/5), ao deixar o ministério para se encontrar com a presidente Dilma Rousseff, que a queda da arrecadação é a grande preocupação do governo neste momento. O ministro ainda comentou o contingenciamento anunciado, na sexta-feira passada (22/5), ao qual ele faltou por estar “gripado”. Acho que foi o valor adequado”, afirmou.

Levy acrescentou que o contingenciamento é parte das políticas que estão sendo postas em prática. Há também outras partes estruturais como o realinhamento de preços, atividades de concessões.” Vamos ver como a gente reorganiza o financiamento de longo prazo agora que acabou o dinheiro né via aquele modelo mais baseado em recursos públicos. Esses recursos públicos acabaram. A gente tem que olhar pra um tema que vai além disso, o tema da competitividade, da produtividade”.

O ministro ainda avisou que o PIB do primeiro semestre será anunciado na próxima sexta-feira (29/5) e afirmou que não haverá surpresa se houver “retração” no resultado do primeiro trimestre do ano (janeiro, fevereiro e março). “Acho que o PIB vinha e deu um pequenoblipping [sinal de alerta] no quarto trimestre [do ano passado], que aliás pode ser revisto. No começo do ano, os agentes estavam em grande expectativa de retração. Então, não seria surpresa a gente ver uma situação desta”, disse ao chegar ao Ministério da Fazenda.

Afirmou que o Brasil tem que fazer um ajuste estrutural. “Mudaram as condições da economia brasileira, o preço das commodities, que ainda é importante no Brasil. Essas são as coisas importantes que a gente tem que estar olhando. São questões estruturais, são questões como a gente pode fazer pra economia ter mais vitalidade. E não necessariamente só colocado mais dinheiro público”, disse.

Para Levy, o que interessa é o que vem pela frente: os ajustes que vêm sendo feitos nas áreas fiscal e monetária. “Se a gente fizer os ajustes, tanto o fiscal, quanto outros ajustes econômicos mais profundos conseguiremos botar a economia crescendo outra vez, que é o que queremos”.

Ele destacou que, para isso, alguns elementos vêm sendo discutido há bastante tempo, como o financiamento da safra e da infraestrutura e também da área de inovação. “O Ministério do Planejamento também tem trazido algumas ideias. E é isso que a gente precisa fazer para a retomada. Precisamos entender que o momento exige que nos ajustemos a uma realidade diferente.”

Antes de entrar no carro, Levy fez questão de registrar que ele lamentava a morte do ex-embaixador em Pequim, Clodoaldo Hugueney.

Com informações da Agência Brasil

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