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Líder do Agir recebeu 28% das doações do partido com Hilux e empresa

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O líder do Agir, o advogado Daniel Tourinho, que aparece na foto em destaque, recebeu 28,4% dos recursos do partido que preside. O Agir, anteriormente conhecido como Partido Trabalhista Cristão (PTC), não utiliza fundo partidário, arrecadando recursos exclusivamente por meio de doações.

Entre 2024 e 2025, o presidente do partido recebeu R$ 610,3 mil dos R$ 2,1 milhões doados para o Agir. Esses valores foram repassados atravessando o escritório de advocacia de Tourinho, aluguel de imóveis e até o próprio veículo, uma Toyota Hilux, que foi alugada pelo partido no ano passado.

Quando consultado pelo Metrópoles, Tourinho não quis explicar por telefone o motivo dos pagamentos realizados ao seu escritório de advocacia. Sobre o aluguel do carro particular pelo partido, ele questionou: “Qual é o problema?”. Destacou que as contas foram aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e optou por não comentar mais sobre as transações.

Detalhes dos repasses

Em 2025, Tourinho recebeu R$ 217,7 mil, distribuídos em 27 transferências denominadas “adiantamentos a fornecedores”. No ano de 2024, esse valor foi de R$ 392,6 mil, em 37 variações que iam de R$ 4 mil a R$ 40 mil.

Adicionalmente, em 2024, ele recebeu R$ 86,5 mil diretamente em sua conta pessoal, dos quais R$ 12 mil foram pelo uso da Hilux e mais de R$ 8 mil referentes ao reembolso pela contratação de um motorista.

Também consta nas contas de 2024 o ressarcimento por custos advocatícios, compra de passagens em agências de viagem e aluguel de duas salas comerciais localizadas no centro de São Paulo.

Origem das doações

Sem usar o fundo partidário, o Agir é sustentado por doações de pessoas físicas e diretórios estaduais. O próprio presidente do partido, Daniel Tourinho, contribuiu com R$ 120 mil nos anos de 2024 e 2025.

Entre os principais doadores deste ano estão Michel Neves Winter, presidente do diretório de Santa Catarina, que doou R$ 60 mil. Conforme o colunista Ricardo Noblat, do Metrópoles, Winter esteve no acampamento bolsonarista em Brasília, que abrigou os invasores do evento de 8 de janeiro.

Outro contributo igual, no valor de R$ 60 mil, veio de Carlos Kleber de Sousa Chaves, que já atuou como secretário de Desenvolvimento Habitacional em Fortaleza e foi vice-prefeito de Solonópole, ambos no Ceará.

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