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Líder do PL diz que ministros do STF miram candidatos da direita

Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara Federal, declarou neste domingo (29/6) que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estariam perseguindo candidatos a senador alinhados à direita, minando a oposição no Congresso. Essa afirmação ocorreu durante um ato convocado por Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, transmitido ao vivo pelo Metrópoles.
Cavalcante destacou que a perseguição não envolve todo o Judiciário nem todo o STF, mas especialmente dois ministros: Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que teriam como alvo potenciais candidatos a senador com alta votação. Ele ressaltou a importância de alertar a população para impedir que candidatos da direita sejam impedidos de concorrer.
O líder do PL criticou também o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de membros de sua cúpula militar, acusados de tentativa de golpe após as eleições de 2022, classificando-o como político, e lamentou a mistura da Justiça com conteúdos político-ideológicos.
Sóstenes Cavalcante declarou a insatisfação em ter que mobilizar militantes num domingo para pedir justiça, apontando que atualmente 65 parlamentares respondem a processos no STF, a maioria deles de direita, incluindo 39 do PL e o próprio Bolsonaro. Ele pediu por uma justiça verdadeira e imediata.
O ato na Avenida Paulista, convocado durante o processo judicial contra o ex-presidente no STF, contou com o slogan “Justiça Já”. Os participantes exibiam bandeiras do Brasil, Israel e dos Estados Unidos, além de cartazes em apoio ao ex-presidente norte-americano Donald Trump.
Entre os aliados presentes estavam o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o filho do presidente Flávio Bolsonaro (PL), a deputada Bia Kicis (PL) e a presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Caroline de Toni (PL). Este foi o sexto chamado do ex-presidente para mobilizações populares desde que deixou a Presidência.
Dados do Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e da USP indicam que, ao longo do tempo, o apoio às manifestações bolsonaristas tem diminuído. Enquanto em 25 de fevereiro de 2023, a manifestação atraiu 185 mil pessoas à Avenida Paulista, o último ato em 6 de abril de 2024 reuniu apenas 44,9 mil pessoas, uma queda de 75%.
Outros eventos de apoio a Bolsonaro também mostraram redução no público, como as manifestações em Copacabana, na Independência do ano passado, e no Rio de Janeiro, todos com menor adesão em relação a atos anteriores.

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