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Líder do PSDB no Senado discute com petista ao defender impeachment
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), discutiu nesta segunda-feira (9), no plenário da Casa, com o senador petista Lindbergh Farias (RJ) ao defender o debate no país sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Para o senador tucano, o tema não deveria causar “arrepios” nos apoiadores da chefe do Executivo. Já Lindbergh falou em “golpismo”.
Durante discurso na tribuna do Senado, Cássio Cunha Lima afirmou que, no último final de semana, houve uma “profusão” de mensagens convocando atos públicos para 15 de março em defesa do impeachment da presidente. Segundo o parlamentar, as manifestações seriam reflexo de uma “grave crise ética sem precedentes” e de um quadro econômico “desalentador”.
“Ao mesmo tempo em que se convocam manifestações para o dia 15 de março, não se pode falar em golpismo quando se pronuncia a palavra impeachment. A palavra impeachment está escrita na nossa Constituição e, portanto, por ser um tema constitucional, não tem de causar arrepio em ninguém”, afirmou o senador tucano.
A declaração provocou reação de Lindbergh Farias, que pediu a palavra para dizer que o PSDB estimula os atos a favor da saída de Dilma Rousseff. Ele lembrou que o partido questionou junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o resultado das eleições presidenciais de 2014.
“Não é acusar o povo de golpista, mas tem uma minoria golpista se organizando nesse país, como fizeram com Getúlio, João Goulart. Estimuladas, sim, pelo PSDB, que questionou o processo eleitoral ao seu final”, ressaltou o senador do PT.
“Vocês estão sendo maus perdedores. Isso é golpismo! Não me venha comparar momentos que não têm nada a ver na história. Aqui, é grito de quem perdeu a eleição e está querendo mudar o resultado”, completou Lindbergh.
Em meio à discussão, Cunha Lima disse que, durante a celebração dos 35 anos do PT, na última sexta-feira (6), o partido perdeu a oportunidade de fazer um “mea-culpa”, um “pedido de desculpas ao povo” porque falta “senso crítico” à legenda.
Lindbergh então argumentou que as instituições atualmente têm liberdade para investigar denúncias de corrupção e que durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a figura do procurador-geral da República era conhecida como “engavetador-geral”.
O líder tucano reagiu: “pelo amor de Deus! Vocês estão no governo há 12 anos e ainda insistem em jogar a responsabilidade para o PSDB, que já não governa o Brasil há 12 anos? Vocês continuam zombando da inteligência do povo brasileiro”, enfatizou.
Bate-boca
Na semana passada, o plenário do Senado já havia sido palco de dura discussão entre parlamentares. Na ocasião, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), bateram boca durante a votação da nova mesa diretora da Casa (veja a discussão completa no vídeo ao lado).
Aécio acusou Renan de “desrespeitar a democracia” por não ter seguido o critério da proporcionalidade e ter excluído da Mesa Diretora senadores do PSDB e do PSB, que não apoiaram Renan na eleição para a presidência do Senado. Seguindo a proporcionalidade, o PSDB teria direito a comandar a 1ª Secretaria, e o PSB teria direito à 3ª Secretaria.
Diante das cobranças em plenário, Renan pediu a Aécio respeitasse a Mesa e afirmou que o tucano, que foi candidato à Presidência da República, perdeu a eleição por ser “estrela”.
Depois do bate boca, os senadores de oposição deixaram o plenário da Casa e a chapa montada por Renan foi aprovada.
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